Teatro do Sesi abre as portas após oito anos

Depois de quase oito anos de portas fechadas - dois deles totalmente em reforma -, o Teatro Gabriel Hermes reabre com outro nome, outra cara, outro conceito. Agora chamado de Teatro do Sesi, o espaço é, sem dúvida, um dos mais - senão o mais – modernos de Belém, com tecnologia e conforto que podem ser vivenciados da plateia ao backstage. E o público poderá conferir isso a partir de outubro, quando uma extensa programação está marcada para a reabertura oficial do espaço.

“Estamos entregando à população esse espaço que vem fomentar ainda mais a indústria cultural do estado. Porque sim, cultura também é indústria”, destaca José Conrado, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, entidade que abarca o Sesi (Serviço Social da Indústria). “A reabertura do espaço no momento em que ele completa 33 anos é um verdadeiro presente para Belém, uma cidade tão rica e cheia de singularidades culturais”, completa.

Além do nome, as mudanças já são visíveis na fachada do prédio. Localizado na esquina da avenida Almirante Barroso com Dr. Freitas, o local abriga agora, na área externa, um hall ao ar livre que, além de receber o público antes dos eventos, pode ser palco de apresentações artísticas. Dentro de um conceito de sustentabilidade, o piso foi feito com madeiras retiradas do antigo palco e uma cascata decorativa no jardim superior será abastecida com água da chuva, que também receberá tratamento e será utilizada nos banheiros. A própria cascata foi confeccionada com vidro reaproveitado da antiga fachada.

Do lado de dentro, o prédio climatizado tem capacidade para 417 pessoas, incluindo assentos para pessoas com deficiência e obesos e duas plataformas de elevação para acessibilidade. De todos os assentos é possível ter total visão do palco italiano com 184m².

Nos bastidores, mais novidades. São dois camarins coletivos e dois individuais, todos equipados com um circuito interno de TV distribuído também na coxia, permitindo que os artistas assistam ao que ocorre no palco em tempo real e se comuniquem via sistema de telefones e rádio com a produção. Há também um elevador próprio para uso de artistas com deficiências.

Incentivo à cultura

O Teatro do Sesi reabre ao público em um evento fechado a convidados no dia 3 de outubro e, já no dia seguinte, tem início a temporada de shows com dois dias de apresentações de Leila Pinheiro, acompanhada pela Orquestra Vale Música e participação de Sebastião Tapajós. No repertório, clássicos da música brasileira e homenagem a compositores paraenses.

No dia 6, o palco é da cantora Lia Sophia. No dia 12, Lucinnha Bastos, Andrea Pinheiro e Marianne Lima apresentam “Canções em Romaria” e, no dia 13, Félix Robatto apresenta o show “As Origens da Lambada”. Os ingressos para todos os shows custam R$ 20, com meia entrada a R$ 10 (trabalhadores da indústria, inclusive, pagam meia) e começam a ser vendidos na próxima terça-feira, na bilheteria e, em breve, no site.

Para 2018, estão previstas oficinas de musicalização e teatro no local, além da abertura de editais para tornar o uso do espaço acessível a qualquer artista. “A ideia é lançar o edital para abrir o teatro duas vezes ao mês aos artistas fora da pauta regular”, explica Ana Cláudia Moraes, coordenadora do Teatro do Sesi. A ideia é, também, estimular as indústrias paraenses a investir na cultura local. “O patrocínio a projetos culturais agrega valor às marcas. Existem leis federais, estaduais e municipais de incentivo à cultura, por meio das quais as indústrias têm a oportunidade de destinar parte de suas verbas para ações de marketing, comunicação e relacionamento com clientes”, detalha José Olimpio Bastos, superintendente do Sesi Pará.

(Esperança Bessa Editora do Você/Diário do Pará)