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Encontro em Belém traz espetáculos e discute a ampliação de espaços alternativos para arte

Para que uma companhia artística se apresente em um teatro ou uma casa de espetáculos, além de uma preparação de meses que envolve a concepção de cada detalhe da apresentação, do ponto de vista conceitual e estético, é preciso também desenrolar diversos t

Para que uma companhia artística se apresente em um teatro ou uma casa de espetáculos, além de uma preparação de meses que envolve a concepção de cada detalhe da apresentação, do ponto de vista conceitual e estético, é preciso também desenrolar diversos trâmites burocráticos, como reserva do espaço, contratação de pessoal, ingressos. E esse percurso tem sido cada vez mais complicado, de acordo com a professora de dança e bailarina Waldete Brito, idealizadora do VII Encontro Contemporâneo de Dança, que terá como temática “Dança e Espaços Alternativos”. O evento ocorre de quinta-feira, 14, até domingo, em Belém.

No encontro, além de apresentação de espetáculos de diversas companhias já veteranas e outras mais novas, também serão discutidos todos os processos referentes à montagem de espetáculos, no sentido de se buscar caminhos viáveis para que a produção de dança feita na capital paraense seja de fato levada aos espectadores. A bailarina e coreógrafa Esther Weitzman, do Rio de Janeiro, vai ministrar uma oficina sobre composição coreográfica, e falará as etapas de como se compõe um espetáculo de dança, enfatizando elementos como tempo, espaço, fluência, direção e conexão entre os bailarinos.

“Acreditamos que discutir esse tema é bastante propício pela conjuntura política em que atravessamos, que afeta todas as áreas do conhecimento, inclusive a arte e a dança. Ao mesmo tempo, queremos ampliar a discussão sobre onde apresentar os espetáculos, que não seja apenas o teatro. Hoje em dia, a entrada de grupos independentes nesses espaços têm sido cada vez mais difícil em função das altas taxas de pagamento. Então, o que está ocorrendo já há algum tempo é que os nosso espaços de ensaio estão se tornando em espaços de apresentação”, comenta Waldete Brito.

Por conta desse cenário, em que além da pesquisa e experimentação, os grupos recorrem às apresentações no mesmo local, Waldete, que também é professora, achou oportuno discutir esses assuntos. Ela diz que na sede da Espaço Experimental de Dança, a qual dirige, foi criada uma sala cênica exatamente para esta finalidade. “Ainda assim, são muito importantes todos os equipamentos que os teatros têm e queremos repensar as políticas de ocupação para os grupos locais, que em geral não têm patrocínio para construir obras, não têm dinheiro. Este ano, por exemplo, faremos vários espetáculos na rua e no mercado de São Brás”, completa

Mostra com primeiros passos coreográficos

Um novidade nesta sétima edição do encontro é a mostra “Poéticas em processo”, que apresentará, no sábado, 16, cinco grupos que já estão desenvolvendo pesquisas em dança, mas ainda não possuem um espetáculo completo. A ideia é apresentar esses primeiros passos coreográficos em cerca de 10 a 15 minutos, como forma de abrir diálogo entre os participantes. Participam desta mostra os grupos Movimento 7,8, Companhia Moderno de Dança, Cia. De Dança Caminhos, Grupo Coreográfico da Cia. Athlética, Cia Attuô, Coletivo Movimento Poético e a intérprete-criadora Cecília Moreno. Todos foram selecionados a partir de propostas encaminhadas à coordenação do evento.

O VII Encontro Contemporâneo de Dança terá ainda apresentação das peças “XIX”, “Nomadista”, “O que poderia vir a ser” e “O Palhaço” (confira programação). O espetáculo “XIX”, que está na programação, apresenta uma coreografia baseada em sermões do Padre Antônio Vieira. Waldete Brito explica que não se trata de usar os textos em cena, mas que estes serviram de inspiração para a montagem e que representa também a forma persistente com que quase todos os grupos se mantêm.

“Marca os nossos 19 anos sobrevivência e insistência cênica e fala dessa relação entre as pessoas. Sermão é o mote de criação, não dançamos a literalidade do texto. É um tema religioso numa contextualização contemporânea, sobre as brigas de poder, desse homem que é cada vez mais animal. Fala de afetos, da conexão com o outro. E é como o próprio sermão diz: queremos ser tantas coisas mas somos iguais, somos simplesmente pó”, explica a coreógrafa.

PRESTIGIE

VII Encontro Contemporâneo de Dança

Dia 14 - Espetáculo “XIX”, às 20h, na Sala Cênica do Espaço Experimental de Dança (Rua Domingos Marreiros, 1775, Umarizal),
Dia 15 - Espetáculo “Nomadista”, às 18h, no mercado de São Braz.
Espetáculo “O que poderia vir a ser, às 20 horas, na Sala Cênica do Espaço Experimental de Dança
Dia 16 - Poéticas em processo, às 20h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas.
Dia 17 - Espetáculo “O Palhaço”, às 19h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, 546, Umarizal)

Quanto: Os ingressos ao preço de R$ 20,00 (inteira) com meia entrada para estudantes, estão a venda na bilheteria do Teatro Universitário Cláudio Barradas e no Espaço Experimental de Dança.
Informações: 98422-1074

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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