Arte e cultura para aprender a cuidar do mundo

A história famosa de Dom Quixote , um clássico da literatura mundial, do escritor Miguel de Cervantes, que ao lado de Sancho Pança busca aventuras, será apresentada em Barcarena de hoje até sexta-feira, com entrada gratuita, no projeto Imerys Cultura e Sustentabilidade, por meio da peça “Era uma vez... Dom Quixote”, da Casa do Bispo Atelier, grupo de Gramado (RS). Também está na programação, o espetáculo “Circo Reciclado”, do grupo Circo Fool, de Ipatinga (MG).
Com a expectativa de receber 250 pessoas, os espetáculos serão apresentados em uma carreta-palco, na Vila do Conde. A ideia do veículo diz muito sobre o projeto: circular com peças de teatro, shows, oficinas pelo país, para democratizar o acesso à cultura. O coordenador da iniciativa, Márcio Barcellos, da Magma Cultura, acredita que unir duas temáticas, arte e reciclagem, é uma boa forma de gerar conhecimento. Só no Pará, ele já trabalha há sete anos.

“Ao longo desses anos a experiência que temos é muito gratificante pois o feedback para o acesso à cultura é quase imediato, a gente consegue sentir isso no olhar das pessoas ao ver os espetáculos. Para a gente, é muito bacana fazer projetos no Pará e é um dos estados que têm muitas particularidades, com comunidades sem muita estrutura ou nenhuma. Mas queremos levar cultura aos lugares mais inóspitos e isso é bacana”, diz.

Viabilizado por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o projeto passará ainda por Ipixuna do Pará e o palcomóvel ficará na Vila Canaã. As atrações foram selecionadas através de uma chamada pública e privilegiam a interação com o público, a partir do humor em suas histórias. No âmbito da sustentabilidade, os participantes também vão acompanhar oficinas e palestras sobre consumo consciente, geração e seleção do lixo, aproveitamento de alimentos e redução do desperdício. As oficinas de reciclagem e as palestras de conscientização serão ministradas pelo grupo Casa 11.

“Unir a arte com o tema da sustentabilidade é bem bacana, pois a maioria do público é de crianças, então elas aprendem e repassam esse ensinamento para os pais em casa, e nada mais é do que essa sementinha que estamos plantando, para termos também adultos melhores, que possam ter essa sensibilidade com o meio ambiente”, diz Márcio Gomes.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)