Gabriel Chacal lança seu primeiro CD em Belém

Desde os 17 anos, o músico e compositor Gabriel Chacal compõe os mais variados tipos de canções: bolero, brega, valsa, calypso, samba, rock. Mas, após a adolescência, ele optou pela carreira jurídica e é desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Só que a veia artística jamais se ausentou de sua jornada. E agora, após muitos anos, ele resolveu que estava na hora de apresentar o que vem realizando esse tempo todo. No próximo dia 28, às 33, ele lança seu primeiro CD em um pocket show gratuito na Fox, em Belém.

“Acho que agora é o momento de compartilhar. Tenho mais de 100 músicas compostas e para esse primeiro disco selecionei as que têm nossos ritmos regionais, como brega e calypso, como uma forma de valorizar a nossa cultura. Passei a adolescência ouvindo Reginaldo Rossi, Teddy Max, e gosto muito de compor nesse estilo, ao mesmo tempo fazendo uma visita com uma poesia diferente, já que percebo que às vezes a música perdeu a conexão com a mensagem. Procuro enfatizar esse lado poético”, comenta Gabriel Velloso - que escolheu o sobrenome Chacal para a carreira artística e também é Diretor da Escola Judicial do TRT8.

As músicas falam de amor e desamor, de algo que nenhuma pessoa está alheia, e estes temas são a sua maior inspiração. “O amor é a matéria-prima de tudo. Todas falam de relacionamento com um tom irreverente”, diz. Mas também tem letra sobre traição, em “Desta vez Sou Inocente”; sobre farra com amigos, como em “A Última Cerveja”; desilusões, na faixa “Peçonhenta”; e dúvidas sobre como se relacionar com as mulheres, em “Bipolar”.

“As mulheres são os seres mais misteriosos do planeta e a música tem essa pegada de tentar entender o universo feminino”, explica. A inspiração não vem, necessariamente, da própria história de vida, como é o caso de “Quem Não Te Quer Sou Eu”, cuja letra foi composta após a separação de Joelma e Chimbinha.

Momento certo para mostrar trabalho autoral

Gabriel Chacal justifica que a decisão de só mostrar agora suas composições deve-se, em especial, ao amadurecimento em relação às suas obras e à vontade de não deixar guardadas suas músicas. E faz questão de desmistificar a imagem de que, por ser desembargador, não pode ser afeito aos ritmos populares, como muitos acreditam.

“Muitas vezes você tem esse lado da arte. Escreve uma poesia e sufoca por conta do trabalho. Isso aconteceu durante muitos anos comigo até o momento que me deu vontade de mostrar. Na nossa vida a gente tem um certo amadurecimento e veio a vontade de compartilhar, de coração. As pessoas podem pensar que vou colocar paletó e tirar um violino do bolso, por ser desembargador, mas sou uma pessoa comum, que ama a música popular”, explica.

O disco foi gravado em um estúdio no bairro do Jurunas e masterizado em São Paulo. Agora, Gabriel Chacal se prepara para finalizar o material de três clipes e arruma as malas para uma apresentação em Belo Horizonte. Um clipe já foi lançado e está disponível no YouTube. É “A última Cerveja”, que foi gravado no bar Meu Garoto, na capital paraense. É só conferir. “As músicas têm essa paleta colorida, mas também de tristeza. A gente tem amor, perde, e depois ama de novo. É um círculo que nos motiva. Espero que as pessoas possam curtir”, projeta.

Serviço

Lançamento do 1º CD do Gabriel Chacal

Dia: 28 de junho, quarta-feira

Horário: 18h30

A entrada é gratuita

(Dominik Giusti)