Tocar carimbó nas rádios de Belém agora é lei. A lei municipal nº 9.276, denominada Lei Pinduca, que institui o “Momento do Carimbó” na programação das emissoras de rádio da capital paraense, foi promulgada na manhã desta quinta-feira (1º), pela Câmara Municipal.
A garantia do espaço do ritmo paraense nas rádios agradou a maioria dos internautas do DOL. Na enquete realizada pelo portal de notícias, 71.43% dos que votaram aprovaram a lei. E somente 28.57% votaram contra.
“Sou paraense e gostei muito, pois, sem a lei, o carimbó estava sendo esquecido. E como vivemos em um mundo de adversidade temos que respeitar os outros com suas raízes também. Não somos obrigados a ouvir, mas respeito faz parte da ética”, opinou a internauta Neide Damasceno.
A internauta Ana Sena, que também é favorável a lei, disse que “nós que somos educadores precisamos incentivar o alunado a valorizar nossa cultura. E o rádio é uma grande ferramenta para também socializarmos”.
Já entre os que discordaram, as argumentações foram contra a obrigatoriedade da lei e de que havia assuntos mais importantes a serem votados.
“Acho desnecessário... Não que eu não goste de carimbó. Pelo contrário. Amo! Mas a nossa sociedade tem tantas leis, além de muitos problemas mais importantes que merecem atenção...Sem contar que nós paraenses não precisamos de lei nenhuma para amar nossas tradições”, disse o internauta Hamilton Brito.
“Sou contra. Isso não vai popularizar o gênero, pois ninguém é obrigado a ouvir tendo a opção de desligar o rádio ou trocar de estação”, escreveu Marcos Pereira.
Para a família do Mestre Verequete, a Lei Pinduca é um grande avanço na valorização do carimbó. “O carimbó é sempre raiz. Então a nossa cultura era valorizada, mas agora vai ser ainda mais com essa lei, que obriga as rádios a tocarem nossos ritmos paraenses, um ritmo tão gostoso como o nosso carimbó, tanto o eletrificado quanto o carimbó de raiz. A gente espera que isso dê um incentivo muito grande a outros grupos que estão lá atrás, estão esquecidos e outros surgirem para o bem desse ritmo que é patrimônio cultural do Estado”, declarou Augusto Carlos, filho de Verequete.
(DOL)
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