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Casa das Onze Janelas: “Nós não esquecemos!”

A luta pela permanência do Museu Casa das Onze Janelas pode, enfim, receber o apoio institucional da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará (OAB/Pa). O tema foi incluído na pauta de julgamento do Conselho Pleno da entidade que ocorre hoje, às 16h, em s

A luta pela permanência do Museu Casa das Onze Janelas pode, enfim, receber o apoio institucional da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará (OAB/Pa). O tema foi incluído na pauta de julgamento do Conselho Pleno da entidade que ocorre hoje, às 16h, em sua sede, na Praça Barão do Rio Branco. A última vez que o movimento que luta pela manutenção do espaço como museu dedicado à arte contemporânea – o único do Estado – havia se reunido publicamente foi em agosto do ano passado, justamente após o pedido para que a OAB exija a derrubada do decreto nº 1.568, o qual expulsa o museu do complexo Feliz Lusitânia ao criar o Polo Gastronômico.

“Queremos que a OAB nos represente no sentido de dar garantias de existência do museu. São os artistas que estão se mobilizando para que ele não deixe de funcionar, propondo pauta constantemente. Sabemos que ele está sem dotação orçamentária, que não existe atualmente a manutenção do museu nem para compra do mais básico que seja, como papel higiênico. A OAB pode nos representar processando o Governo, pedindo pela dotação orçamentária e a extinção definitiva desse decreto”, diz Val Sampaio, uma das pessoas à frente do movimento.

O que é sabido até o momento sobre o projeto do Polo Gastronômico é que ele envolve mais de dez instituições, como o Instituto Paulo Martins, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia, o Imazon e o Instituto Peabiru. Além disso, com o decreto, a Casa das Onze Janelas deixou de ser responsabilidade da Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e passou para as mãos da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mineração e Energia (Sedeme), e foi apresentado como um dos principais projetos do Programa Pará 2030, que visa, entre outras questões, o crescimento econômico a partir do turismo.

“Precisamos ter presença maciça das pessoas”, diz Val Sampaio, sobre a ação que o movimento promove hoje. E o convite feito por eles é claro: “Traga seu cartaz, sua faixa, e posicione-se conosco em frente à sede da OAB durante o julgamento. Nós não esquecemos! Nós continuamos exigindo que a Casa se mantenha como Museu!”, publicaram em rede social, destacando entre outros pontos, que são “contra a manipulação dos espaços públicos para atender grupos de empresários e projetos sem esclarecimentos e debate com a comunidade”.

Artistas renomados como Alexandre Siqueira fizeram parte das manifestações pela manutenção do museu na Casa das Onze Janelas (Foto: Lúcia Gomes/Divulgação)

Governo não dá respostas aos artistas

Quando foi publicado o Decreto nº 1.568, em junho de 2016, o movimento pela permanência da Casa das Onze Janelas deu início a dois meses de intensa movimentação na internet e de programações aos domingos no entorno do museu. O resultado foi uma primeira reunião com o Governo do Estado, que não aceitou manter o museu no local de origem, e a primeira audiência pública no auditório da OAB/Pará.

Assim, o espaço cultural, em funcionamento há 14 anos e que faz parte do Complexo Feliz Lusitânia, continuou a recebeu o apoio de artistas, curadores, professores, arte-educadores e sociedade civil para permanecer onde está. Nomes como Tadeu Chiarelli, diretor da Pinacoteca de São Paulo; Heloisa Espada, coordenadora Departamento de Artes Plásticas do Instituto Moreira Salles (IMS); e Rubens Fernandes Junior, diretor do Departamento de Comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, de São Paulo, declararam apoio ao movimento. Diante da repercussão negativa, o renomado chef Alex Atala decidiu à época retirar o seu Instituto Atá do rol de envolvidos na criação do Polo Gastronômico, até que o impasse fosse sanado.

Os artistas chegaram a publicar nas redes sociais um manifesto após a reunião com o governador, fazendo diversos questionamentos, cobrando transparência no processo de implantação do polo e buscando explicações sobre o porquê de não levar o projeto para outro prédio histórico da capital paraense. “Nenhum argumento nos convence de que extinguir um museu seja um benefício. Ao mesmo tempo, não estamos indo contra qualquer outro projeto. Porém, o modo como foi pensada a retirada do museu implica na morte do espaço”, diz a pesquisadora Val Sampaio

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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