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Francês lança seu olhar sobre o Bar do Parque

Lembrança de uma época em que Belém vivia a efervescência de uma cultura com ares europeus, devido ao ciclo da borracha, o Bar do Parque, localizado ao lado de Theatro da Paz, e que inicialmente também era sua bilheteria, hoje segue quase esquecido em mei

Lembrança de uma época em que Belém vivia a efervescência de uma cultura com ares europeus, devido ao ciclo da borracha, o Bar do Parque, localizado ao lado de Theatro da Paz, e que inicialmente também era sua bilheteria, hoje segue quase esquecido em meio às mangueiras centenárias na Praça da República. Para resgatar a importância histórica do local que já serviu para rodas de conversa de intelectuais, artistas e poetas como Ruy barata e Jean Paul Sartre, e que resiste como reduto da boemia e atrai a curiosidade de turistas é que o fotógrafo francês Bruno Pellerin produziu o livro “Bar do Parque – Um Lugar no Coração da Amazônia”, que será lançado amanhã, 18, na Casa do Fauno, em comemoração à Semana da Francofonia organizada pela Aliança Francesa.
A inspiração para esse projeto surgiu da sensibilidade e da relação especial que Pellerin tem com o local. Desde 2008, o fotógrafo, que é conhecido internacionalmente no mundo da moda, mora na capital paraense e faz do Bar do Parque um lugar de encontro para diminuir a saudade de sua terra.

“É um lugar como muitos outros em Belém, que possui um rico patrimônio histórico, arquitetônico e cultural. Ao ar livre, eu reencontrei o estilo boêmio de Paris e posso afirmar que este é o bar que mais se aproxima daqueles que fazem charme na capital francesa: os garçons com calças pretas, camisas brancas e laços [gravata], além das cadeiras e mesas de ferro situados num pavimento elevado, bem ao estilo dos cafés parisienses”, comenta o fotógrafo, falando um português com forte acento francês ainda.

Além das imagens, o livro também é acompanhado de textos que foram escritos por amigos do fotógrafo, o que deixou a obra mais singular. O prefácio é do jornalista Elias Ribeiro Pinto, colunista do DIÁRIO. Ao longo da produção, os leitores também encontrarão poemas e escrituras de Ronaldo Franco e Tito Barata. O trabalho é bilíngue, em português e francês, sendo que a tradução foi feita pela Aliança Francesa.

“O Bar Parque, pela sua história, é um lugar muito importante para imagem da cidade no mundo. No meu conhecimento não há documentos fotográficos como um livro, que mostra todo o estilo do lugar. Desenvolver este trabalho com amigos me deixou bastante emocionado”, diz Pellerin.

Mesmo com alguns problemas que o bar apresenta já há algumas décadas, como os banheiros insalubres e a preocupação dos clientes com o tráfico e a prostituição que circulam no entorno, o autor contou que o amor pelo local foi maior e por isso o prazer na produção do conteúdo. “As imagens do livro vão mostrar a magia desse lugar”, afirma.

Por esse amor é que ele se dispõe a também fazer parte de uma possível reestruturação do bar. Entre os sonhos que Pellerin tem para o Bar do Parque está o de ver as famílias de volta ao ambiente e que o reduto de intelectuais seja revivido.

“Eu queria reencontrar o Bar do Parque como eu posso imaginá-lo nos anos 1970, 1980, ver os artistas se inspirando nesse lugar. Gostaria de encontrar um gerente mais apaixonado e que todos pudessem conhecer a melhor caipirinha de Belém”, destaca.

Cultura francesa inspira programação

O lançamento de “Bar do Parque - Um Lugar no Coração da Amazônia” integra a Semana da Francofonia, que se estende até o dia 28. Por isso, ao longo das próximas duas semanas, ainda ocorrem diversas atividades envolvendo a cultura e a língua francesa em Belém. Entre elas uma mostra de cinema (saiba mais na página 2) e o “Gôut de France”, evento gastronômico com um menu exclusivo e totalmente francês. Além de um dos momentos mais esperados, o “Show da Francofonia”, com o melhor da música francesa, no Theatro da Paz.

Uma “Bike Tour” também levará seus participantes até galerias de artes e praças de Belém que têm influência francesa. “Em intervalos do passeio, vamos dar miniaulas de francês, serão cinco a dez minutos para ensinar algumas palavras ou expressões”, conta Maiwenn Le Nedellec, diretora da Aliança Francesa em Belém. E um atelier de vinhos e queijos franceses, ministrado pela sommelière Ana Luna Lopes, fecha a programação.

(Lucas Muribeca/Diário do Pará)

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