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Exposição une fotografia, desenho e performance

Do olhar para si, a criação. Entre o sofrimento do fim de um relacionamento e a busca pela sua essência, o artista visual Henrique Montagne imergiu no seu próprio mundo para se libertar. Foi um ano entre as amarguras do término e as redescobertas na produ

Do olhar para si, a criação. Entre o sofrimento do fim de um relacionamento e a busca pela sua essência, o artista visual Henrique Montagne imergiu no seu próprio mundo para se libertar. Foi um ano entre as amarguras do término e as redescobertas na produção artística, com a produção de desenhos, fotografia, performance e outras obras híbridas que ele apresenta na exposição “Alguém Mora Dentro de Mim”, no Casulo Cultural, em Belém, com entrada gratuita.

Montagne explica que esse alguém que mora dentro dele é ele mesmo. Não é uma referência piegas gratuita para o outro, e sim o seu encontro. “2016 foi todo de pesquisa e produção em cima das minhas experiências e vivências, devido a esse um acontecimento. Todos os trabalhos iniciam a partir do término, para aceitar a condição da finitude. A exposição surgiu a partir de um desenho com esse título e esse alguém que mora dentro de mim sou eu mesmo. E no final das contas tem que ser nós mesmos. São obras que falam sobre o desamar, da situação de fracasso, incompletude. As pessoas ainda têm visão ruim do fracasso, mas as coisas são feitas para acabar”, comenta.

Para realizar a exposição, ele foi em busca de outros artistas que têm como mote os afetos e sentimentos para sua poética. Como o paulistano Leonilson, conhecido por seus desenhos e bordados, que faleceu em 1993 em decorrência das complicações do vírus HIV, mas antes reuniu suas paixões e desilusões e as apresentou numa grande mostra. Outro artista fundamental foi Bas Jan Ader, que atuou anos 1970 com performances, vídeos e fotografias e que recorrentemente abordava também as fragilidades do homem e a questão da gravidade.

"As pessoas ainda têm visão ruim do fracasso, mas as coisas são feitas para acabar", afirma o artista visual Henrique Montagne. (Foto: divulgação)

“Ader tem um tríptico que me influenciou muito, chamado ‘I’m too sad to tell you’ [Estou muito triste para te contar], em que ele se fotografou chorando, em que faço uma homenagem com a obra ‘Eu te amo’. Ele fazia pequenos vídeos curtos caindo, de cima de casa, de uma bicicleta dentro de um rio, de uma árvore, e que explorava muito os sentimentos. O escritor Caio Fernando Abreu também auxiliou nessa minha busca, com o livro ‘Inventário do Irremediável’. Esse processo afinou meu discurso em relação à produção”, revela.

Durante o processo criativo, Henrique ficou em seu quarto, sozinho. “As coisas foram acontecendo, saia à noite e via o fluxo das pessoas na rua, nos bares, o relacionamento de outras pessoas, conversas sobre sentimentos e emoções, e fui criando conexões. E até mesmo a minha história, como começou e como concluiu. Foi uma espécie de loucura, santuário, gozo e enfim, para ter essa condição de paz comigo mesmo”, abre-se o artista.

VISITE

Exposição “Alguém Mora Dentro de Mim”, de Henrique Montagne
Quando: Até 18/03, de quarta a sexta, das 14 às 18h.
Onde: Casulo Cultural (Trav. Frutuoso Guimarães nº 562, Campina)
Quanto: entrada gratuita
Informações: 989734830 ou e-mail [email protected]

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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