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Personagem da arte circense é tema de seminário

O palhaço é um personagem secular. Faz parte da história das artes cênicas, mesmo tendo passado muito tempo no limbo de uma arte menor, dentro do teatro consagrado de origem grega ou europeia. O professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marton Mau

O palhaço é um personagem secular. Faz parte da história das artes cênicas, mesmo tendo passado muito tempo no limbo de uma arte menor, dentro do teatro consagrado de origem grega ou europeia. O professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marton Maués, lembra que ainda assim o personagem é simbólico em inúmeras sociedades. Por isso mesmo, é seu objeto de estudo acadêmico e mote para criações teatrais. E para instigar produtores, atores, público e pesquisadores ocorre de hoje, 8, até a próxima segunda-feira, 12, o II Seminário de Palhaços, em Belém.

“É um personagem que tem ligação forte com o circo, sendo uma das principais atrações, e está dentro das artes cênicas há muito tempo. Claro que isso não é visto por pessoas que fazem a arte cênica que chamam de teatro com origem grega europeia. Elas não consideram o palhaço e arte circense como arte maior, mas esteve aí com grandes picos de sucesso e outros menos”, comenta Marton Maués. “Hoje o palhaço entra no teatro também por determinada via e tem sentido muito grande para a preparação do ator, principalmente após as décadas de 1950 e 60, com Jacques Lecoq, que criou uma metodologia para a formação do palhaço e do ator”, completa.

O professor destaca ainda que atualmente muitas escolas, universidades e escolas livres de teatro, têm o palhaço como sendo fundamental para formar novos interpretes, pois isso desenvolve percepção do corpo, do jogo cômico, além de provocar interações com o público, pela capacidade grande de improvisação e de provocar o riso. É uma maneira também de encontrar um estado corporal e emocional para a comédia, o que ele diz não ser de fácil aprendizado, mas que exige treinamento e técnica. Marton introduziu na capital paraense esse tipo de estudo há mais de 18 anos, com a criação do grupo Palhaços Trovadores, e outras iniciativas.

Do picadeiro para a academia

“Hoje, na Escola de Teatro e Dança da UFPA, tanto no curso técnico quanto da graduação, existe a disciplina de Palhaçaria. É uma das poucas escolas no Brasil que tem como disciplina em seu currículo. O grupo de pesquisa que coordeno, ‘Clown nosso de cada dia’, é ligado à UFPA e tem por objetivo difundir essa linguagem, realizar treinamentos, estudos e pesquisa”, diz Marton, para quem o interesse por esse personagem vem aumentando no meio acadêmico. “Já vemos pessoas pesquisando, monografias, mestrados, teses de doutorado, já trabalhando o palhaço em várias perspectivas, falando de si, de grupos, com diversos pensamentos teóricos”, afirma o professor.

O seminário que acontece em Belém até a próxima segunda-feira terá, além de apresentações teatrais, lançamento de livros e espaços de discussão sobre pesquisas envolvendo o palhaço na cena contemporânea paraense e brasileira. Marton destaca que as pesquisas e realizações são importantes no sentido da reflexão. “Todo fazer, artístico, ou não, é sempre importante que esteja se pensando e questionando porque isso vai estar sempre ampliando o conhecimento e o desenvolvimento de quem está fazendo. Então, essa é a função do grupo de pesquisa e do seminário. Passamos o ano todo reunidos, fazendo exercícios e treinamentos, e é preciso que isso se abra para a comunidade”, defende.

Ele diz ainda que movimentos como esse são recentes e que contribuem para que a própria historia do circo brasileiro possa ser pesquisada e contada. Outra perspectiva, ao permitir que o público se integre aos artistas, é formar base para críticas e sugestões – o que acaba gerando também um retorno aos grupos.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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