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Espetáculo traz proposta mais poética e lúdica

“O Homem do Banco Branco e a Amoreira”. Como você imagina essa história a partir desse título? Feito para crianças, o espetáculo da Minha Nossa Cia. de Teatro, de Curitiba (PR), foi pensado justamente para estimular a imaginação. “É um espetáculo que falt

“O Homem do Banco Branco e a Amoreira”. Como você imagina essa história a partir desse título? Feito para crianças, o espetáculo da Minha Nossa Cia. de Teatro, de Curitiba (PR), foi pensado justamente para estimular a imaginação. “É um espetáculo que falta. E onde o público sente que falta, ele mesmo preenche”, define o diretor Léo Moita sobre a peça minimalista que o grupo se apresenta pela primeira vez em Belém, hoje e amanhã, às 18h30, no Teatro Experimental Waldemar Henrique, com intérprete de libras e áudio descrição em todas as sessões.

A partir da história do homem que espera seu amor perdido nos trilhos do tempo, para juntos compartilharem os frutos da amoreira, o que as crianças têm é a oportunidade de um tipo de vivência. O espetáculo dá expressão às possibilidades da imaginação usando poucos signos, com figurinos e cenário que ganham com a iluminação.

Veja cenas do espetáculo:

Produzido de forma independente, o espetáculo “O Homem do Banco Branco e a Amoreira” participou de diversos festivais e mostras no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais e em Santa Catarina, nos quais conquistou prêmios de melhor espetáculo, iluminação, maquiagem, cenário, texto e direção.

“Eu queria fazer um espetáculo para crianças que fosse diferente do colocado em grandes teatros, diferente do conto de fadas, de uma Galinha Pintadinha. É uma produção toda minimalista para ampliar a possibilidade de imaginação. É claro que ele acabou se modificando ao longo do caminho, mas conceitualmente ele é o mesmo com o qual acabamos de completar sete anos”, destaca o diretor.

Da experiência da peça para a trajetória do grupo

O texto da peça é fruto de um processo iniciado em oficina que propunha pesquisar novas dramaturgias de teatro para crianças e sua montagem ocorreu em 2009, a partir do projeto acadêmico de Léo Moita, “O Jogo Teatral na Construção do Espetáculo” na Faculdade de Artes do Paraná.

O encontro dele com os demais artistas que colaboraram, na época universitários, se desdobrou na criação da Minha Nossa Cia. de Teatro. Hoje, o grupo é composto por Álvaro Antônio (músico, sonoplasta e artista gráfico), Erica Mitiko (iluminadora e cenógrafa), Felipe Custódio (figurinista, ator e produtor), Fernanda Perondi (atriz, performer e arte-educadora), Moira Albuquerque (atriz, performer, contadora de histórias e produtora), Raul Freitas (iluminador e maquiador), Val Salles (ator e figurinista) e o próprio Léo Moita (diretor, dramaturgo, ator e arte-educador).

“A partir deste espetáculo nasce a ideia de encontro de diferenças para criação de obras de arte. E passamos, ao longo desses sete anos, a nos entender como companhia, tendo em vista atuar em três campos, arte, cultura e educação”, diz Léo.

Quando o projeto foi levado a participar de um edital cuja exigência era oferecer libras ou áudio descrição, essa meta de trabalho tornou-se ainda mais forte.

Um convite sensível

Além de oferecer os serviços de libras e áudio descrição em todas as apresentações de “O Homem do Banco Branco e a Amoreira” dedicadas ao público em geral, a Minha Nossa Cia. de Teatro decidiu realizar nos dias anteriores diversas ações e sessões extras para dar acesso às crianças e adultos especiais. “Não é um espetáculo especificamente para este público, mas antes das apresentações, fazemos uma ação com crianças de escolas públicas e instituições de educação especial, convidando a todos para assistir a peça”, diz a atriz Moira Albuquerque.

A dinâmica envolve sentar em roda, cantar músicas, instigar as crianças com perguntas que mexam com seu íntimo. Há ainda o trabalho de formação com os cegos, em que eles podem tocar os figurinos, para identificar quem são os personagens. Já com os surdos são realizados mais jogos corporais. Trata-se, segundo Moira, de um convite sensível para que estas crianças possam ir assistir à peça, já ambientadas à linguagem do espetáculo.

“Está sendo muito especial para a gente e gera um estado de muita receptividade”, comenta o diretor Léo Moita sobre as ações. “Arte, educação e cultura têm que andar no mesmo engajamento. A gente está vendo aí nosso futuro como país e é estranho que essas três coisas sejam um pouquinho só ligadas. A gente pode ligar mais, fazer mais para todos e para todas”, completa o diretor.

Quem for com crianças com necessidades especiais às sessões abertas ao público, hoje e amanhã, também será recebido um pouco antes do restante da plateia no teatro para que elas possam se ambientar ao espetáculo.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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