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Companhia carioca se inspira no Pará em espetáculo

Inspirados nos Pássaros Juninos, manifestação cultural genuinamente paraense, os atores da Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades chegam ao Pará com o espetáculo “Uirapuru, O Cantor das Florestas”. Contemplado com o Prêmio Myriam Muniz, da Funarte,

Inspirados nos Pássaros Juninos, manifestação cultural genuinamente paraense, os atores da Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades chegam ao Pará com o espetáculo “Uirapuru, O Cantor das Florestas”. Contemplado com o Prêmio Myriam Muniz, da Funarte, para circulação de espetáculos pelo país, a obra reúne performances de dança, teatro e música e é inteiramente apresentado com os personagens em pernas-de-pau. A pesquisa explora ainda as danças dramáticas e o imaginário indígena.

Serão cinco sessões gratuitas em diferentes locais. A estreia é hoje, com apresentações às 9h e às 17h, na Casa das Artes. Amanhã, a apresentação ocorre no Curro Velho, às 17h. No sábado, 29, será na Praça do Carananduba, na Ilha de Mosqueiro, às 10h. E encerrando a circulação, o espetáculo será apresentado dia 30, domingo, na Praça da República, às 10h. A companhia ainda dará a oficina “Teatro de Rua e Perna de Pau”, amanhã, a partir das 9h, no Curro Velho.

Diretora artística e responsável pela concepção da obra, a carioca Lígia Veiga, conta que foi ao conhecer o trabalho da paraense Noêmia Pereira que decidiu criar o espetáculo. “Ela assinou quase 50 operetas de Pássaros e fiquei impressionada como ela fazia suas composições, como era teatral o Pássaro. Fui premiada pelo MinC e queria fazer essa montagem em homenagem a ela, que infelizmente, já faleceu. Fiz uma pesquisa pequena, mas que contou com a ajuda de muitas pessoas, como o professor (João de Jesus) Paes Loureiro, e por aí fomos desenvolvendo o trabalho”, conta.

A peça é fundamentada ainda nas musicalidades indígena, africana e europeia, referenciada no trabalho realizado por Mário de Andrade, que vincula erudito ao popular, algo muito próximo do que é o próprio Pássaro Junino. A manifestação nasceu no século 19, período áureo da extração da borracha, quando a população mais pobre via as grandes óperas chegarem ao Theatro da Paz sem ter acesso direto a elas e decidiu fazer suas próprias peças musicadas. “O que tentamos então, não foi fazer um Pássaro, mas aprender com eles, pegar essas referências populares como forma de inspiração para levar arte às ruas”, diz Lígia.

Feitos para a rua

Criada em 1981, a companhia Mystérios e Novidades afirma o teatro de rua como importante veículo de intervenção urbana e transformação. Os espetáculos, com coreografias em pernas de pau e música ao vivo, se inspiram na linguagem dos antigos atores/músicos populares, e são classificados por eles como “óperas populares”. Por isso, talvez, essa identificação tão rápida com os Pássaros Juninos. “A companhia tem essa preocupação e sempre tenta vincular o teatro de rua ou arte pública - mais democrática e mais sensível às pessoas - a essas manifestações culturais”, explica Lígia. Entre os espetáculos anteriores com essa linguagem peculiar, estão “Pagode Brahmânico”, “A Saga de Jorge” e “Dança dos Orixás”.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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