Abrir as gavetas, revelar os negativos. Abrir a casa. Após mais de 30 anos de carreira, o fotógrafo Octavio Cardoso, editor de fotografia do DIÁRIO, transformou a própria residência em um atelier. A charmosa construção dos anos 1950 de fachada cor de vinho, situada no bairro da Cidade Velha, em Belém, abre hoje para colecionadores, arquitetos, designers de interiores, estudantes e para os amantes da fotografia. A entrada é gratuita.
A ideia é proporcionar um encontro do público com a produção de imagens de Octavio ao longo desses anos, tanto no campo documental quanto artístico, como as premiadas séries “Lugares Imaginários” e “Minha Ilha – Campos Abertos do Marajó”. “Acredito que poder olhar as obras, as fotografias emolduradas, é sempre melhor e diferente do que ver apenas no monitor do computador. O espaço surge com essa vontade que acho que todo fotógrafo tem de mostrar a sua produção e poder também escoar o que vem fazendo. Sempre tive essa vontade não muito concreta, comprei a casa para ser um lugar de trabalho e para morar, mas foi ficando pequena para isso, e resolvi transformar a casa só em lugar de trabalho, num espaço expositivo”, explica Octavio Cardoso, sobre o atelier com toques vintage e também um simpático jardim.
Engenheiro por formação, Octavio buscou na fotografia uma maneira de seguir um novo rumo, após a escolha equivocada. “Na verdade, foi um erro (a engenharia). Então, passei a buscar outras coisas e encontrei na fotografia uma paixão”, revela.
A capital paraense não fornecia tantos espaços para aprendizado de técnicas fotográficas, mas foi na Associação Fotoativa, ainda na década de 1980, que Octavio encontrou abrigo e vislumbrou caminhos. De lá surgiram também as reflexões a respeito da imagem e o compromisso com os estudos de fotografia, para além da premissa de que bastava
(Dominik Giusti/Diário do Pará)
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