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Estudos tem nova versão de "professor particular"

Os pais sempre souberam a importância de acompanhar a vida escolar dos filhos e dar aquela ajuda no dever de casa dos pequenos. Os que não tinham tempo ou percebiam que o filho precisava de atenção em matérias específicas pagavam a famosa “aula de reforço

Os pais sempre souberam a importância de acompanhar a vida escolar dos filhos e dar aquela ajuda no dever de casa dos pequenos. Os que não tinham tempo ou percebiam que o filho precisava de atenção em matérias específicas pagavam a famosa “aula de reforço”. Uma evolução desse serviço tem surgido em diversas cidades, incluindo Belém. São escolas, plataformas online e programas pedagógicos personalizados que prometem melhorar o desempenho do estudante em até 15 dias.

Pessoalmente ou em formato de redes sociais? As duas opções são possíveis. Em um cenário onde a internet se tornou parte da vida da maioria das pessoas, Gabriel Tarhun e André Vasconcelos criaram o “Clube Aluno”, uma plataforma online de reforço escolar especialmente desenhada para atender às necessidades do público jovem estudante. No mesmo ambiente, os alunos podem interagir com professores, colegas, tirar suas dúvidas ou pedir correção de trabalhos, exercícios e provas em qualquer disciplina.

“É parecido com o sistema de comunicação do WhatsApp, inclusive você pode fazer um grupo de estudo. Você informa a matéria que está em duvida e é encaminhado ao professor adequado, pode fazer foto da questão, mandar arquivo, vídeo”, explica Emerson Vaughan, licenciado master do “Clube Aluno” no Norte e no Tocantins. “Ele consegue em 15 dias fazer uma melhoria de seu rendimento. Às vezes o estudante tem vergonha de perguntar em sala, ou está em casa e não tem a oportunidade de esclarecer com o professor. O acesso ao site ocorre inclusive aos sábados, domingos e feriados”, ele destaca.

Atenção personalizada pode identificar problemas

Entre as opções de reforço fora da vida virtual, há exemplos como a Tutores, serviço que existe em todo o Brasil e que possui uma unidade em Belém, no bairro do Umarizal. “Trabalhamos só com o presencial, na unidade física da escola ou na casa do aluno, com reforço escolar em todas as séries”, explica a psicóloga Karla Lobato, franqueada na capital paraense.

Em termos de dinâmica, a orientação é dada em cima do material que o aluno traz da escola regular. Cada aluno é avaliado detalhadamente para que sejam mapeadas as principais causas dos problemas escolares e eventuais dificuldades de aprendizagem. “A maioria das escolas conta com número grande de alunos na sala, o professor não consegue dar atenção individual. E a gente sabe que a aprendizagem não ocorre de forma igual para todas as crianças. Por isso também fazemos uma avaliação inicial”, diz Karla.

O alerta aos pais é quanto ao período em que essas escolas e plataformas costumam receber a maioria dos alunos. “No segundo semestre é quando eles mais nos procuram, geralmente o estudante já está em fase crítica. Mas é preciso compreender que a vida escolar dele precisa ser vista em tempo hábil. Uma reprovação não é só a perda do ano, mas também compromete a auto-estima do aluno, o interesse pela escola”, diz Karla. Por isso, uma das ferramentas dessas escolas inclui também o acompanhamento online dos pais através de relatório dos professores.

Reforço especial que faz a diferença

Dentro desse ambiente em que cada criança tem suas próprias dificuldades em determinadas matérias, em socializar com colegas ou vencer a simples timidez de perguntar ao professor em sala, existem ainda aqueles que precisam superar outras limitações. Neste caso, um reforço especial pode fazer toda diferença. Aqui em Belém, um exemplo é o apoio oferecido pelo Instituto Educacional Chiavenato (Ieduchi).

“Quando a criança vem pela primeira vez, fazemos uma avaliação minuciosa para ver as áreas que ela precisa desenvolver, como coordenação motora, socialização, aspecto cognitivo, linguagem. E vamos trabalhando essas particularidades. A grande maioria não consegue acompanhar a turma em sua escola regular por deficiência ou déficit. Nós atendemos desde crianças com problemas como dislexia até autistas e com síndrome de down”, explica a diretora do Ieduchi, Noah Chiavenato.

Para tanto, são elaborados materiais e recursos pedagógicos de acordo com o interesse e habilidades das crianças, e que são exclusivos para cada aluno. O espaço funciona como uma escola regular pela parte da manhã – com turmas de educação infantil e ensino fundamental, com o apoio de pedagoga e atendimento personalizado – e pela tarde, com serviço de educação musical e Atendimento Pedagógico Individualizado, o tal “reforço especial”, que pode ser procurado inclusive por crianças matriculadas em outras escolas.

Contar com tal apoio pode ser fundamental, diz Noah. “Primeiro, porque a maioria das escolas regulares não estão preparadas para receber essas crianças. Elas acabam não se desenvolvendo pela falta do preparo adequado, não conseguem fazer as atividades. Eles precisam desse apoio ou acabam ficando cada vez mais atrasados”, acredita. O Ieduchi também faz atendimento a adolescentes, “mas não adentra o acadêmico, funciona mais como um grupo de apoio”, explica.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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