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Trio Manari comemora 15 anos de carreira

Foi preciso sair do país para descobrir que era necessário pesquisar mais os ritmos paraenses. E tocar. Assim começa a história do Trio Manari, formado há 15 anos por Kleber Benigno, Márcio Jardim e Nazaco Gomes. Para comemorar a data, o grupo apresenta a

Foi preciso sair do país para descobrir que era necessário pesquisar mais os ritmos paraenses. E tocar. Assim começa a história do Trio Manari, formado há 15 anos por Kleber Benigno, Márcio Jardim e Nazaco Gomes. Para comemorar a data, o grupo apresenta amanhã, às 20h, o show “Sons da Floresta”, no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém. O trio será acompanhado pelos músicos Youssef Neto, Alexandre Pinheiro, Felipe Ricardo, Davi Amorim e Adelbert Carneiro.

Após uma viagem ao Canadá, no então grupo Percussão Brasil, uma cena inusitada despertou os músicos para a aposta nos ritmos paraenses. Kleber conta que a apresentação em Montreal tinha no repertório sambas, maracatu, baião e forró, por exemplo, ritmos brasileiros tradicionalmente conhecidos no exterior, e apenas alguns carimbós. Mas ao término do show o público pediu bis e não exatamente para o que eles julgavam que os gringos queriam ouvir.

Veja:

“A gente não entendia inglês. Ficamos sem entender. Mas o produtor do show que falava inglês veio nos dizer que eles queriam que a gente tocasse mais, mas os ritmos. ‘Eles querem a música lá da terra de vocês’, ele disse. Daí ficamos surpresos. Voltando para Belém, nos reunimos e decidimos acreditar que seria possível fazer música instrumental com o nosso som”, relembra Benigno. A partir daí, eles inscreveram um projeto em um edital de arte, que foi aprovado. Surgia, então, o trio que até hoje investe na pesquisa musical sobre as sonoridades amazônicas.

Eles foram até Cametá, para ouvir de perto e conversar com os tocadores do samba do cacete. Foram até Bragança, para entender a marujada e o xote bragantino, e também até a Região do Salgado paraense, tradicional núcleo de carimbó no estado. Foram conferir de perto a feitura dos instrumentos, os cantos, e as diferentes habilidades percussivas de cada gênero musical.

Releitura dos mestres tradicionais amazônicos

Kleber Benigno diz que a produção musical do Trio Manari é uma espécie de releitura da cultura tradicional do Pará e do que os grandes mestres como Verequete, Lucindo e Pinduca já fizeram. “Fomos in loco para ver, conversar, aprender e lidar com a música feita por quem faz isso há muitos anos. A nossa maneira de olhar é uma, claro, cada um tem a sua maneira, mas pegamos isso misturando com timbres de instrumentos que são universais, sem perder a essência. E o que rege o grupo é o curimbó, que faz quase todos os ritmos da região, e para nós é como se fosse um coringa”.

“A gente fica feliz de saber que não somos os únicos a acreditar na cultura popular do estado do Pará. Somos um dos grupos do estado, entre artistas, cantores, poetas, que somam com a gente nestes 15 anos. A gente é apenas reflexo do que os nossos grandes mestres já fizeram. Olhamos para trás e continuamos acreditando que podemos levar a nossa região a um nível internacional”, acredita o músico, que com o Trio Manari já dividiu o palco com Naná Vasconcelos, Chico César, Pepeu Gomes e Paulinho Moska, além de parceiros paraenses como Andreia Pinheiro, Iva Rothe e Toni Soares.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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