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Mulheres usam arte para protestar contra barragem

Bordar as dores, as angústias e as inquietações com a realidade. Assim são as peças conhecidas como “arpillera”, técnica têxtil tradicional do Chile e que se difundiu durante o período ditatorial (1973-1990) naquele país como uma forma de protesto. A cant

Bordar as dores, as angústias e as inquietações com a realidade. Assim são as peças conhecidas como “arpillera”, técnica têxtil tradicional do Chile e que se difundiu durante o período ditatorial (1973-1990) naquele país como uma forma de protesto. A cantora Violeta Parra ajudou a difundir a importância discursiva dessa técnica, em que tecidos - geralmente juta - coloridos com mensagens de resistência servem também como uma expressão pela luta dos direitos humanos.

Há três anos, as mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), de Altamira, no sudeste do Pará, têm produzido arpilleras para tratar de temas amazônicos. Uma mostra dessa produção será apresentada a partir de hoje, às 10h, em “Arpilleras Amazônicas: Costurando a Luta por Direitos”, no Sesc Boulevard, em Belém.

De acordo com a coordenadora do MAB e uma das idealizadoras da realização das oficinas no Estado, Cleidiane Vieira, a arte do bordado foi uma maneira encontrada para reunir as mulheres da região e discutir temas políticos. Além disso, também é uma forma de mantê-las unidas, reforçando os vínculos de afeto e de organização feminina. “A sociedade em geral não tem conhecimento de como se dá o processo de barragem no Brasil. Em lugares de barragens, é comum o aumento da prostituição, perda de contato com os amigos e vizinhos por conta das desapropriações, perda do trabalho gerador de renda. Então, é desses processos que queremos falar por meio das arpilleras”, diz a coordenadora.

Na Amazônia, as arpilleras são feitas com roupas das próprias mulheres. Outro diferencial é a forma colaborativa, e não individual, em que as artesãs costumam fazer a tessitura, reunindo de cinco até dez mulheres. “Tem sido um processo para nos organizar através da arte e, quando se expõe isso, se divulga o trabalho e a resistência das mulheres”, explica Cleidiane.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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