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Cosmética investe em insumos da Amazônia

Em um único fruto, uma única folha, muitas possibilidades. Isso é o que as pesquisas e tecnologias cosméticas têm mostrado sobre os bioativos da flora brasileira, como a pitanga, o maracujá e a castanha, além de outros menos conhecidos, como a ucuuba e o

Em um único fruto, uma única folha, muitas possibilidades. Isso é o que as pesquisas e tecnologias cosméticas têm mostrado sobre os bioativos da flora brasileira, como a pitanga, o maracujá e a castanha, além de outros menos conhecidos, como a ucuuba e o murumuru, que vêm sendo usados em produtos para diferentes cuidados com o corpo, cabelos e perfumaria, com benefícios cientificamente comprovados.

É claro, o olhar “exótico” agregado ao que vem da floresta também desperta esse interesse pelos insumos da Amazônia. Alguns produtos são inclusive mais conhecidos lá fora do que no Brasil.Bons exemplos disso são os óleos e fibras do cupuaçu, babaçu, açaí e pracaxi, que começaram a fazer parte da fórmula de cosméticos e produtos do grupo francês L’Oréal, uma das gigantes do setor. Um mercado tão grande que gerou empresas como a Beraca, especializada em exportar óleos essenciais da flora brasileira para mais de 40 países, tendo inclusive comprado uma startup em Belém criada por professores da Universidade Federal do Pará.

“O rótulo de exótico agrega cada vez mais valor no mercado externo”, destaca Filipe Sabará, diretor de negócios da empresa.Se lá fora o exotismo agrega valor, aqui na Amazônia é a familiaridade com a biodiversidade da floresta que faz com que esses produtos ganhem destaque. Um bom exemplo são as erveiras do Ver-o-Peso, capazes de apontar todos os benefícios de cada elemento da floresta a qualquer visitante. “Quando a gente chega aqui, a relação é emocional. No jardim de vocês tem ou tinha um açaizeiro, uma ucubeira, um pé de maracujá. E tem um carinho especial pela marca que traz essas referências”, afirma Cláudia Pinheiro, diretora de marketing de cuidados pessoais da Natura, outra marca que investe nos produtos com um pé na mata.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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