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Eros Prado apresenta "Rir é o melhor remédio"

“O humor sempre esteve comigo, não é nem um trabalho, é um estado de espírito”, diz o humorista Eros Prado – que ficou conhecido como o “Incoveniente”, do programa “Pânico na TV”. Talvez por se sentir assim tenha tanta habilidade para criar tipos diferenc

“O humor sempre esteve comigo, não é nem um trabalho, é um estado de espírito”, diz o humorista Eros Prado – que ficou conhecido como o “Incoveniente”, do programa “Pânico na TV”. Talvez por se sentir assim tenha tanta habilidade para criar tipos diferenciados, buscando sempre o lado cômico do homem. Ele apresenta hoje, às 19h, no Computer Hall, a peça “Rir é o Melhor Remédio”, com o Zé Zueira, do quadro da TV; dona Jiji, inspirada em sua mãe; e o palhaço Zizou, que transforma a plateia em músicos de uma orquestra.

O espetáculo foi concebido em 2006, ao lado dos amigos Rafael Pequeno e Vanessa Bonange, e é a primeira montagem adulta do artista, que antes dedicava-se mais aos espetáculos infantis, no então grupo Bananas do Brasil. Ao longo dos anos, a peça foi sendo reelaborada, mas sempre a partir da observação de características de parentes e amigos, para que pudesse enfatizá-las de maneira engraçada no palco. “A essência é a mesma, com vários personagens. O Inconveniente no teatro fica mais ousado, pois pode falar coisas que a gente não fala na televisão. A dona Jiji é uma senhora italiana que fala sobre relacionamento, dicas de namoro; e o Zizou é um clown, da experiência de quando estive em circo”, explica o artista.

De acordo com Eros Prado, desde a sua infância os seus pais, que são professores e artistas, o estimulavam para atividades lúdicas. Seus irmãos tornaram-se músicos, mas ele revela que não tinha muita habilidade com instrumentos. Desde a 5ª série já se apresentava em shows de talentos da escola, imitando por exemplo, os Mamonas Assassinas. Depois de adulto, foi aprimorando o humor com aulas de teatro, e esta faceta acabou se sobressaindo. Até mesmo em momentos em que não deveria.

“Como eu era o piorzinho para pintar, cantar e tocar, eu fazia piadas. Os meus primos também sempre foram muito piadistas. Desde pequeno acompanho primos, tios em shows de humor. E isso foi me envolvendo. Daí, comecei a estudar teatro, fiz dramas e musicais, mas o que me agradava mesmo era humor. Fazia drama, as pessoas iam assistir e acabavam rindo. Eu já ouço uma coisa e penso em responder com piada. E às vezes é ruim, se é sério, você acaba se dando mal. Todos empregos de que fui mandado embora foi por piadas em momentos que não poderia fazer”, revela o humorista.

Papel na televisão veio por acaso

Trabalhar em televisão não estava exatamente nos planos de Eros Prado, pela falta de experiência e por gostar muito de atuar em teatro. Até que um dia, apresentando-se em um hotel no interior de São Paulo, encontrou Márvio Lúcio dos Santos Lourenço, ou melhor, o Carioca, do programa Pânico. O convite para fazer um teste para um novo quadro surgiu ali mesmo. Eros topou imediatamente.

“Nunca pensei em trabalhar com TV. Meu foco sempre foi teatro, desde os 16 anos. Nesse hotel implantei o setor artístico, que só existiam em resorts do Nordeste. No café da manhã já estava lá, na hidroginástica tematizada também, brincando na piscina. E o Carioca viu e comentou: ‘você é muito inconveniente!’. Depois, perguntou se eu não queria fazer um teste. Como ia negar algo para o Pânico? Sempre fui fã do programa, desde pequeno. E criamos o Zé Zueira, inspirado em um amigo meu, o André, que é assim, fala alto, caipira, só diz besteira. E eles gostaram e fui ficando”, conta Eros.

Depois, passou a ser repórter, criou o famoso quadro “Pagode da Ofensa” e ficou conhecido nacionalmente. Desde o início do ano, porém, ele integra o elenco do programa "A Praça é Nossa", após o término do contrato com o Pânico. Ele diz que foi preciso adaptar o humor para a nova casa, já que o público é diferente. Ao invés de um personagem que costuma desagradar as pessoas por sua falta de modos, desta vez interpreta um personagem que não entende direito o que lhe é dito, mais abobalhado.

“Gosto de fazer muito tipos de pessoas, o caipira, o alemão, pegar sotaque paranaese, nordestino. Gosto de brincar com essas coisas. Muita gente fala que humor não tem limite, mas pra mim tem sim. Acho que é uma coisa mútua. Mas o verdadeiro humor é quando os dois lados dão risada. É o lado mais gostoso. Acho que expor uma pessoa ao ridículo não é legal. Tudo é válido se todo mundo se divertir”, diz.

Eros Prado nasceu no Uruguai, quando seus pais estavam morando em um acampamento anarquista em Montevidéu chamado “Comunidade del Sur”. Com o parto prematuro, acabou nascendo por lá, mesmo tendo sido registrado no Brasil. Depois de jovem, a curiosidade de saber o local onde havia nascido o levou até a capital uruguaia, onde morou durante um tempo. “Quis saber de onde saí, como que era a loucura. Tenho um carinho muito grande pelo país", revela o humorista.

(Dominik Giusti)

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