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Paraense participa de disco novo de Luiza Possi

“Foi uma saída do armário. O ‘LP’ é o que escuto todos os dias, escuto com as amigas, em casa, achei que estava na hora de a música ser uma coisa só na minha vida. Não queria mais essa coisa de ‘musica para se divertir’, ‘música para trabalhar’, ‘música p

“Foi uma saída do armário. O ‘LP’ é o que escuto todos os dias, escuto com as amigas, em casa, achei que estava na hora de a música ser uma coisa só na minha vida. Não queria mais essa coisa de ‘musica para se divertir’, ‘música para trabalhar’, ‘música para cantar’”, desabafa Luiza Possi sobre a chegada de seu novo disco, chamado “LP”, que tanto pode ser uma referência às iniciais de seu nome como ao formato long play, com músicas divididas entre lados A e B.

A mudança de estilo fica mais evidente quando se compara ao trabalho anterior da cantora, o álbum “Sobre o Amor e o Tempo”, que contou com o braço produtivo de Dadi, músico ligado à MPB e que a guiou por um caminho feito de grandes nomes deste gênero, como Erasmo Carlos, Adriana Calcanhoto, Lulu Santos e Marisa Monte. Já em “LP”, seu parceiro foi o DJ Rodrigo Gorky, curitibano considerado um dos expoentes da nova geração, e que estourou na música eletrônica com o Bonde do Rolê.

“Eu queria fazer um álbum bem pop e tinha que entrar nesse universo com alguém que já estava nele, que o conhecia a fundo. Me abri para as escolhas dele (Rodrigo Gorky), que passou a me trazer ideias, compositores, fui fazendo junto com ele. Um processo prazeroso, de descoberta, de conhecer pessoas novas, mesmo quando era apenas pela internet, virei coautora de várias músicas dessas pessoas”, conta. Foi o caso de “Por Quanto Tempo”, parceria com Dudu Falcão, e “Aventura”, com Thiaguinho.

Com sua voz, Luiza se encaixa suavemente nas camadas de arranjos eletrônicos das 10 canções. “Sigo” abre o disco num quase trip hop, mesmo estilo que depois permeia “Me Beija”. O romantismo apresenta-se em “Você Tem o Dom”, “Sem Pressa” é dona de teclado vintage e vocal ritmado num quase hip hop, além de uma versão mais eletrônica para “Como Eu Quero”, de Leoni e Kid Abelha. O fim do álbum fica com o arranjo de sintetizador matador de “Pensando Bem”.

A explicação da própria Luiza sobre a montagem de repertório é simples: “A música arrepia ou não? Se arrepia, entra”. E assim entrou também “Insight”, do paraense Jaloo, uma canção de se escutar estalando os dedos. “Eu fiquei muito feliz com a música, que acabou viralizando na web, com um clipe que ‘causa’, e ainda foi lançado no Dia do Direito do Transexual. As pessoas se emocionavam por ter drags, por falar desse universo, foi muito feliz nossa escolha. E ele (Jaloo) é supertalentoso, um showman, além de ser um mega compositor”, elogia.

Canal no YouTube com novidades

Outro projeto da cantora é o “Lab LP”, seu laboratório musical no YouTube, atualizado todas as terças-feiras, e que deve ganhar um novo formato a partir de julho. O canal faz parte da rede Snack, criada pelos publicitários Vitor Knijnik e Nelsinho Botega e existe desde 2014. Todos os meses o canal apresenta um tema diferente a partir de canções escolhidas pela cantora, que é acompanhada de uma banda e também um DJ para versões mais eletrônicas.

Um dos momentos em que o projeto mais ganhou destaque foi durante o mês de outubro, dedicado às crianças, quando Luiza apresentou músicas como “Hakuna Matata”, do filme “O Rei Leão”, e “Parte do Seu Mundo”, de “A Pequena Sereia”.

O canal pode ter sido o primeiro indício da artista querer experimentar novos sons. “Aproveitei a liberdade com elementos que muitas vezes não cabem dentro do meu repertório MPB, onde posso experimentar coisas, como misturar beats eletrônicos com músicas da Disney”, afirma.Em julho, ela conta que quer começar a levar pessoas para cantar sobre temas e não só falar sobre eles, “penso que será quase um talk show. Quero levar pessoas que vão se inscrever e concorrer. Não são convidados ilustres, pelo menos não nessa temporada, quem sabe na próxima”, adiantou. O espaço conta ainda com versões de músicas dos mais variados estilos, como R&B, soul, jazz, black music, entre outros.

Pedidos

A música eletrônica se mostrou o habitat ideal para Luiza. Com menor reverberação, a voz dela se revela em primeiro plano como nunca antes em sua carreira. “Senti uma alegria imensa nas coisas que fui conhecendo, nada foi forçado ou doído. Foi gravado na sala da minha casa, um processo muito orgânico”, diz ela. A reposta do público também tem sido uma confirmação de que ela fez uma boa escolha, considera Luiza.

“Acho que a galera já estava querendo isso de mim. Eu sentia essa incumbência de ser mais contemporânea, ter mais a ver com minha própria idade e o público que eu atinjo. Vejo nas pessoas um ‘Ah, que bom que ela fez isso’. E eu não saí do meu lugar, não fiz um disco para tocar em boate, ele apenas tem uma linguagem mais contemporânea, uma linguagem necessária”, avalia.

O repertório já tem sido levado para os shows da cantora – ainda sem previsão para Belém – e ela garante que a sonoridade não só não teve perdas no ao vivo como teve ganhos inesperados. “Deixamos a mesma sonoridade, só que ainda mais encorpada que no disco. As pessoas já estão cantando todas as músicas”, comemora.

(Laís Azevedo/Diário do Pará)

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