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X9 Paulistana leva Belém para o Carnaval de SP

Hoje tem Belém no desfile das escolas de samba de São Paulo. Na verdade, já na manhã de domingo, às 5h, a X9 Paulistana é a última a passar pela avenida, encerrando o Carnaval oficial paulista, com o tema “Açaí Guardiã – Do Amor de Iaçá ao Esplendor de Be

Hoje tem Belém no desfile das escolas de samba de São Paulo. Na verdade, já na manhã de domingo, às 5h, a X9 Paulistana é a última a passar pela avenida, encerrando o Carnaval oficial paulista, com o tema “Açaí Guardiã – Do Amor de Iaçá ao Esplendor de Belém do Pará”, uma homenagem aos 400 anos de Belém.

Na avenida, de um tudo no quesito símbolos belenenses - da música tecnobrega à fé -, mas tudo tendo o açaí como fio condutor. “Vamos mostrar a cultura belenense através da fruta exportada e apreciada no Brasil todo”, antecipou o carnavalesco da X9 André Machado, revelando que, já na comissão de frente, a lenda do açaí abre-alas.

“Os 14 integrantes vão estar vestidos com trajes típicos dos índios tupinambá. A gente vai fazer uma brincadeira, vai ser bastante teatral, para traduzir com mais clareza a história da lenda”, disse, destacando que na sequência terá enfoque especial a chegada dos portugueses e corsários do período de 1600, com a fundação do Forte do Presépio (que abriga aos seus pés a Feira do Açaí) e que, a partir do contato com os índios, passaram a consumir o fruto.

Os tupinambá serão lembrados também na ala das baianas, que virá com fantasias 15 quilos mais leves (diminuindo de 30kg para 15kg) para ajudar na evolução. “Será uma baiana toda verde com uns desenhos tribais, da tribo tupinambá, mostrando o artesanato, com roupa de vime, de cestaria”, descreveu. “Também vamos falar da escravização dos negros para a colheita e venda do açaí no centro da cidade. Apresentaremos o Mercado do Ver-o-Peso, incluindo a Feira do Açaí; mostrando também que além do açaí, ali se comercializa outros produtos únicos e especiais como a castanha-do-pará e a manga”, enumerou, revelando detalhes sobre o terceiro carro da escola a entrar no sambódromo.

Outro destaque estará nos ribeirinhos que fazem o transporte do açaí vindo das ilhas para o centro de Belém. “Assim, vamos fazer uma grande homenagem à cidade toda, suas danças típicas, como o carimbó, siriá, lundu. Também os ritmos que acabaram ganhando o país, como tecnobrega”, pontuou

Nas duas últimas partes, a X9 ainda abre espaço para falar das propriedades do açaí e da palmeira que dá o fruto. “Vamos mostrar que a partir dela as pessoas conseguem fazer outros alimentos, como o palmito. Que das raízes se faz chá; das sementes, o artesanato. Tudo se aproveita”, explicou. Para encerrar, o Círio de Nazaré não poderia faltar. O carnavalesco promete menos polêmica do que em outros desfiles que levaram a manifestação de fé para o Carnaval do Rio de Janeiro em outras ocasiões, mas garante que haverá emoção. “A gente vai tentar mostrar com bastante verdade o Círio de Nazaré”, garantiu, revelando que a ala virá com cerca de 200 pessoas, incluindo ele com a mão na corda estilizada – afinal uma ajuda de Nazica nessa hora vai bem.

E para quem gosta de superstição, digamos que o tema amazônico já deu sorte à X9. “O primeiro campeonato que nós ganhamos como parte do grupo Especial do carnaval paulista foi em 1997, com o tema ‘Amazônia, a Dama do Universo’. Quando eu trouxe a ideia de homenagem aos 400 anos de Belém, tomando o açaí como ‘espinha dorsal’ dela, a diretoria logo abraçou. A própria escola tem esse perfil, desfila bem quando a temática é indígena. Vamos trazer a Belém portal da Amazônia”, avisou.

SAMBA, CABANAGEM E CÍRIO

Apesar de ter promovido seletivas para a escolha do samba enredo em Belém, foi da disputa em São Paulo que saiu o samba enredo vencedor, nascido da parceria entre onze compositores paulistas.

“X9 é amor verdadeiro/ Sempre em primeiro lugar/ A energia do meu samba vem aí/ Tá na boca o sabor do açaí” é o refrão (veja letra completa no box) e que, segundo seus autores, deverá marcar o desfile deste ano. “Ele é um tema diversificado, que gerou grandes sambas na final, todos com qualidade e força para ganhar. Felizmente, tivemos peso maior, talvez por esse apoio da comunidade”, comentou Saulo Mesquita, um dos compositores, quando foi anunciado o samba vencedor, no ano passado.

“O carnavalesco da escola apresentou o tema para todos muito bem e trabalhamos dentro do que os jurados pedem: a questão melódica, da poesia, tudo para que a escola possa trazer a vitória”, destacou Saulo, que assina a letra com Accyoly Filho, Turko, Fabio X9, Thiago Japa, Maradona, Rafa do Cavaco, Mixaria, Carlos Alberto, Dom Henrique e MP08.

Com tudo pronto, do samba às fantasias, dos carros alegóricos à bateria, tudo o que a X9 quer é entrar na avenida e fazer bonito, para conquistar o campeonato e dar mais esse presente à Belém. “Só se faz 400 anos uma vez”, justificou o carnavalesco André Machado.

(Esperança Bessa/Diário do Pará)

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