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Belém é homenageada por oito escolas de samba

O Carnaval de Belém nunca foi tão belenense. Com o desfile das escolas do 1º Grupo marcado para o dia 30, todas correm com os últimos preparativos tendo como tema único os 400 anos da cidade, o que tornará a comparação mais evidente e, com isso, a disputa

O Carnaval de Belém nunca foi tão belenense. Com o desfile das escolas do 1º Grupo marcado para o dia 30, todas correm com os últimos preparativos tendo como tema único os 400 anos da cidade, o que tornará a comparação mais evidente e, com isso, a disputa mais acirrada. O desfile, que corre na Aldeia Amazônica Davi Miguel, localizada no bairro da Pedreira, começa a receber as escolas às 21h com a “Mocidade Unida do Bengui”, passando pelo Rancho Não Posso Me Amofiná e a Império de Samba Quem São Eles, agremiação campeã e vice-campeã de 2015, respectivamente, e encerrando com a Bole Bole, com previsão de entrar na avenida lá pelas 4h. Em cada uma delas um pedacinho da capital paraense e uma vontade de fazer bonito, com muito brilho e criatividade.

Abrimos o barracão das escolas do 1° Grupo para saber como estão os preparativos. Acompanhe:

Mocidade Unida do Bengui

Pelo segundo ano fazendo parte do 1º Grupo, a Mocidade do Bengui faz uma homenagem a quem considera especial tanto para o carnaval da cidade quanto para a sua própria trajetória com o enredo: “Nos Quatro Séculos de Belém, Bento Mostra a Maravilha que se Tornou a Real Trajetória de um Vencedor”. Bento Pereira ou “Bento Maravilha” foi quem construiu os primeiros trios elétricos da região, alguns com engrenagens requintadas, onde o palco girava. “Amigo da escola, ele nos ajudou desde quando ainda éramos um bloco”, conta Vânia Neves, secretária da agremiação. Por isso, um dos principais carros virá com a “Tecnologia” como tema e, entre as baianas e a bateria, o próprio homenageado, Bento Maravilha, estará no desfile.

Xodó da Nega

Não existe rua mais disputada, centímetro a centímetro, que a João Alfredo. Por isso ela é destaque no desfile da Xodó da Nega, que traz como enredo “Quem Vai Querer? Temos Tecido Francês, Ervas da Floresta e Bugigangas do Chinês”. “Vamos retratar o Comércio de Belém, que tem como começo a João Alfredo, embelezada pelo Ciclo da Borracha, e que hoje é dominada pelos camelôs com seus produtos piratas e os chineses que têm tomado conta das lojas”, conta o carnavalesco Marco Alcântara. Entre os destaques também está a referência à bela escadaria da loja de tecidos Paris N’America, situada no endereço homenageado. No mais, a escola promete entrar na avenida como os produtos do comércio: sem luxo, porém bom, bonito e barato.

Piratas da Batucada

Se tem alguém que entende de fantasia são os atores, que a cada história encenada se reinventam. Por isso, o Piratas da Batucada decidiu homenagear Belém através deles no enredo “Os Artistas Através do Grupo Cuíra, Belém com Cuíra de Fazer Teatro”, sugestão do carnavalesco Jean Negrão que leva a escola por um passeio pelos espetáculos do Grupo Cuíra. “Os artistas já acompanharam o ensaio da bateria e vêm como destaques da escola”, conta a presidente Ana Fernandes. Na avenida, os foliões vão acompanhar a trajetória da escola que traz “As Gatosas” (nome de uma das peças mais conhecidas do grupo) para sambar na avenida.

Escola de Samba da Matinha

Alcyr Guimarães, nome conhecido no carnaval de Belém, teve sua composição “Janelas de Belém” como inspiração para o enredo da Matinha: “Olê Olá Belém: Das Tuas Janelas Deslumbram-se os Verões e os Invernos das 400 Primaveras da Bela Cidade das Mangueiras”. O grande trunfo da escola é a parceria com carnavalescos de Parintins e Juruti, que vão ajudar a dar bastante movimento para os carros alegóricos. “Vamos mostrar Belém desde os primórdios, causar grande surpresa com o último carro e ter nossa bateria homenageando Waldemar Henrique, com todos vestidos de Maestro”, promete o vice-presidente Rodolfo Trindade.

Rancho Não Posso Me Amofiná

Quando já se faz parte da história da cidade, rememorar as próprias proezas pode ser uma boa opção. Por isso, o Rancho vem para a avenida com a releitura de seu enredo de 1982: “A Dança das Folhas na Cidade das Mangueiras”. O samba de Dominguinhos da Estácio volta em grande estilo, promete o diretor de carnaval Félix Carlos. “Estamos em busca do pentacamponato, algo inédito para o Carnaval de Belém. Vamos trazer o mesmo enredo, mas de forma muito maior do que era possível naquela época [1982]”, diz ele. Trazendo história e eventos importantes para a cidade, como a Festa da Chiquita, a escola promete um desfile que irá falar do povão à elite.

A Grande Família

E enquanto todos querem mostrar o Ver-o-Peso, o Theatro da Paz, a Praça do Relógio, a Grande Família também quer exaltar muitos desses monumentos, mas de uma forma inédita para a maioria dos belenenses. “Belém de Dentro para Fora” é o enredo da escola, que vai mostrar como muita coisa que o paraense só conhece pelo lado de fora, é pelo lado de dentro. “Tem gente que só imagina como é o Palácio Lauro Sodré, o Tribunal de Justiça (onde já funcionou uma importante escola de Belém, o Lauro Sodré), o Theatro da Paz... A fachada todo mundo conhece, o que vamos mostrar quase ninguém viu”, garante o presidente Théo Pérola Negra.

Quem São Eles

Fazendo aniversário junto com Belém, o “Quenzão” faz festa pelos seus 70 anos homenageando os sambista da Velha Guarda da escola, assim como outros personagens importantes ao longo de sua trajetória. Entre eles, Margarida, mais conhecida porta-bandeira da agremiação, e Davi Miguel (1926 – 2000), grande compositor de sambas do Quem São Eles e que hoje dá nome ao sambódromo de Belém. “Este ano focamos naqueles que eram os pontos fracos da escola, como a harmonia, fantasias e alegorias, e mantemos a força no samba, comissão de frente e tudo aquilo que nos faz uma grande escola”, destaca o presidente Luiz Omar.

Bole Bole

Bolo não vai faltar para o aniversário de Belém. Os três carros alegóricos da Bole Bole trarão um bolo para comemorar os 400 anos da cidade e rememorar três momentos de sua vida: o surgimento, o período áureo da Borracha e sua vida contemporânea. "A Festa no Guamá já começou", anuncia o enredo. "Será uma festa completa que vamos oferecer para a cidade, com fotógrafo, bebida, garçons, muito bolo e açaí com piraruc de brinde", conta Elivelto Martins, presidente de honra e compositor do samba. Na bateria virão todos aqueles parenres que vêm do interior em dia de festa, "até porque o nosso Guamá não deixa de ser um interior, onde mora gente de vários municípios do Pará", antecipa.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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