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Fotógrafo fala das “dores e delícias” da carreira

A descoberta do mundo foi através de um jogo de lentes, uma caixa mágica que provoca visões diferenciadas, uma câmera fotográfica. O dispositivo tecnológico que captura imagens do mundo foi o brinquedo de Luiz Braga, aos 11 anos. Hoje, com 40 anos de expe

A descoberta do mundo foi através de um jogo de lentes, uma caixa mágica que provoca visões diferenciadas, uma câmera fotográfica. O dispositivo tecnológico que captura imagens do mundo foi o brinquedo de Luiz Braga, aos 11 anos. Hoje, com 40 anos de experiência no mundo da fotografia, são inúmeras participações em bate-papos e cafés, contando experiências de sua vida. Mas, para quem pensa que comemorar marcas como 10, 20, 30 e 35 anos de carreira traz uma sensação de que nada mais é surpresa, fica um convite: amanhã Luiz Braga estará no último Café Fotográfico promovido pela Associação FotoAtiva no ano, contando como é chegar neste ponto da vida. O encontro será no Cine-teatro do Sesc Boulevard, às 19 horas.

Luiz Braga leva arte paraense para diversos salões de fotografia Brasil e mundo afora. São mais de 150 exposições, com uma trajetória invejável, seja na beleza e na experimentação com a luz. É uma referência a fotógrafos de todo o país. Hoje, ele já entendeu muito bem o valor da maturidade em seu trabalho. “Eu tenho vivido esses tempos essa sensação de maturidade muito agradável e muito serena, que tem feito eu rever o que eu já fiz e que sempre dialogaram com o tempo. Mas eu não estou vivendo de coisas que eu já fiz. Fotografar é a minha questão vital”, declara, desvendando a fórmula para a sua renovação: exploração de novos temas do ser humano, experimentações técnicas e a revisitação do seu trabalho. “A maturidade é o que faz hoje eu ver a fotografia diferente de quando eu era mais jovem. A maneira de ver o meu próprio trabalho. O segundo é como isso produz um encantamento. Depois de 10, 20 anos de trabalho, o encanto só estava mais presente. Então eu quero compartilhar isso com as pessoas, mostrar como redescobri essas imagens”, diz o fotógrafo.

O processo de trabalho do artista não é devorador do mundo, daquele que deseja perambular pela terra fazendo registros de cenas urbanas, comuns ou inusitadas. Mas Luiz tem uma lei de compactuar com a humanidade. “A fotografia funciona muito com uma ferramenta de autoconhecimento de mundo”, declara. Sua técnica de poetizar a vida congelando instantes nada mais é do que sua ambição por desvendar e sentir os sentimentos humanos em si, sem receita. “Eu não me sinto nessa obrigação de me reinventar. Pelo contrário, eu sinto necessidade de fotografar. É uma coisa como você tem que abrir os olhos, algo vital, visceral. Em função da minha natureza inquieta, isso acaba sendo natural pra mim. Quando eu quero encontrar, eu vou atrás”, afirma.

O caráter humanista da fotografia de Braga é intrínseco. A atenção de águia que o fotógrafo desenvolve, pronto para o registro de qualquer mínima ação, acaba dando um ar de usurpador do espírito do momento, como um aproveitador do mundo. “Existe uma coisa de extrativismo visual, de se servir do outro para se promover. Para mim, isso não interessa. Eu repudio isso. Prefiro uma fotografia que tenha cumplicidade, troca. Eu sem sempre fui assim”, argumenta o artista.

O paraense vive e trabalha em Belém, mas mantém diversos trabalho em outras cidades do Brasil. Em 2016, traz para a capital paraense exposição que manteve em São Paulo este ano, além de preparar material que tem feito no arquipélago do Marajó.

(Gustavo Aguiar/Diário do Pará)

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