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Chiquita continua de pires na mão

A comunidade artística de Belém tem se apropriado de forma intensa do financiamento coletivo, método conhecido mundialmente como crowdfunding, uma forma de realização de projetos em que o público pode ajudar, doando cotas em dinheiro para somar o montante

A comunidade artística de Belém tem se apropriado de forma intensa do financiamento coletivo, método conhecido mundialmente como crowdfunding, uma forma de realização de projetos em que o público pode ajudar, doando cotas em dinheiro para somar o montante necessário para o financiamento. Mas não deu muito certo com a tradicional festa “Filhas da Chiquita”, que terá sua 37º edição em 2015. Sem patrocinador, a Chiquita pediu para o público contribuir com o evento, a fim de angariar R$ 20 mil, mas não conseguiu nem chegar perto do orçamento esperado: até quarta-feira, 7, apenas 8 pessoas haviam contribuído, o que equivale a R$ 250, ou o ínfimo 1% do montante total. Conhecida por reunir milhares de pessoas da cena artística da cidade e do cenário LGBT, a festa é uma celebração e homenagem a Nossa Senhora de Nazaré integrando - de forma não-oficializada pela igreja católica, mas consagrada culturalmente - o Círio.

A festa é realizada no caminho da Trasladação, procissão em que a santa sai da Basílica Santuário de Nazaré e é encaminhada para a Igreja da Sé, na Cidade Velha. Na Praça da República, um ponto importante do trajeto, a programação da festa exalta a cultura LGBT, promovendo shows e prêmios como o “Veado de Ouro”, a “Rainha do Círio” e o “Amigo da Chiquita”, por exemplo, que nomeia pessoas que foram importantes para a garantia de direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no ano. Para o organizador da festa, o artista Eloi Iglesias, as pessoas ainda não entenderam como funciona o modelo de financiamento coletivo, por isso não contribuíram, mas a comissão organizadora ainda está em busca de alguém que possa custear a Chiquita. O que não é novidade.

“A ideia da religião atrelada ao segmento LGBT é entendida como perigosa. As marcas e os políticos não querem se comprometer, e ano que vem tem eleição. Mesmo a gente sabendo que [a sociedade] já evoluiu muito, que o segmento LGBT também vota e que é um grande público, não temos patrocínio”, comenta o artista, que no documentário “Filhas da Chiquita” (2011) já mostrava toda a dificuldade de se colocar no palco uma festa tão importante para a cidade, mas também tão carregada de preconceito.

(Gustavo Aguiar/Diário do Pará)

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