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Verão é a época para pipas, papagaios e rabiolas

Elas são mais do que uma brincadeira. Quem as vê coloridas no céu azul do nosso verão talvez não perceba que as pipas, rabiolas e papagaios são também artesanato, paixão, atividade física e diversão que resistiu aos tempo com glória, dando asas à imaginaç

Elas são mais do que uma brincadeira. Quem as vê coloridas no céu azul do nosso verão talvez não perceba que as pipas, rabiolas e papagaios são também artesanato, paixão, atividade física e diversão que resistiu aos tempo com glória, dando asas à imaginação.

Heitor Salgado Monteiro é um desses que não para de olhar para o alto nesta época do ano. Ele tem 13 anos e, quando nasceu, as crianças já não brincavam mais de amarelinha, peão ou bandeirinha, ou talvez brincassem bem menos do que no tempo dos seus pais e avós. Ele tem muitos brinquedos, computador, videogame, mas se apaixonou mesmo pela pipa.

“Desde criança meu pai me levava para empinar pipa. Acho que com 4 ou 5 anos eu já as colocava no céu. O que acho mais bacana é dar o laço, cortar o outro... É uma sensação de alegria, de disputa com os colegas da rua”, diz o morador do bairro do Coqueiro, em Ananindeua, que não vê a hora de ir até Mosqueiro, balneário paraense dos mais disputados nas férias de julho, para empinar com os colegas. “Lá o céu é mais azul e não tem prédio para atrapalhar”, explica.

Para ele, a interação com os amigos é um atrativo a mais para trocar o sofá e o videogame pela área de lazer do seu prédio. “Nas férias o que mais faço é jogar videogame, mas acho muito mais bacana quando todo mundo vai lá embaixo empinar pipa. Entre ficar jogando sozinho e ir com meus amigos fazer competição, prefiro mil vezes a pipa. A gente disputa quem corta mais e eu já ganhei porque cortei sete pipas num dia só”, orgulha-se.

Um olho no céu, outro no asfalto

O adolescente Fábio Vitor Silva, 16 anos, não desgruda os olhos do céu nem na hora de dar entrevista. Morador do bairro do Curió, periferia de Belém, ele e os amigos não se intimidam com o sol quente e invadem a avenida João Paulo II para brincar.

“Desde infância fazemos isso. O mais legal é dar um laço e aparar [pegar] a pipa que você cortou”, diz o adolescente. Ao lado dele, Cristiano Tavares, 14 anos, em uma fração de segundos assume o controle da pipa e a tira do ar antes que ela seja cortada. “Acabei de perder uma rabiola; não podemos perder essa”, argumenta.

Não muito longe dali, Aldair Paraense, 25 anos, empina a sua com um carretel imponente, grande e cheio de desenhos. “O bom empinador de pipa escolhe as mais bonitas e coloridas para cortar, as feias você nem se esforça para aparar”, diz ele. “Não tem idade para empinar e eu não sei porque essa atividade resiste ao tempo e outras brincadeiras não. Acho que é porque é emocionante. Tem até um aplicativo que você baixa no celular para empinar virtualmente, mas nunca vai ser a mesma coisa. Pretendo ensinar meu filho a empinar como eu”, diz o jovem, que é pai de um garoto de 3 anos que deverá herdar a mesma paixão.

Parece igual, mas não é.

(Diário do Pará)

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