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O Brasil descobre o teatro musical

Bailarina, atriz, cantora e coreógrafa. A paulista Keila Bueno é reconhecida nacionalmente por suas participações em diversos espetáculos de sucesso como “A Bela e A Fera”, “Chicago”, “Rent”, “O Médico e os Monstros” e “Elis”, ainda em cartaz, onde atua n

Bailarina, atriz, cantora e coreógrafa. A paulista Keila Bueno é reconhecida nacionalmente por suas participações em diversos espetáculos de sucesso como “A Bela e A Fera”, “Chicago”, “Rent”, “O Médico e os Monstros” e “Elis”, ainda em cartaz, onde atua no papel da mãe de Elis Regina. “Tudo que fiz foi um sonho que realizei. Me sinto hoje, com meus 27 anos de carreira, uma pessoa realizada”, diz, demonstrando a afetiva relação que tem com sua carreira. O ponto em comum para todos os papéis é a dedicação ao Teatro Musical, modalidade que está “em intensa expansão no cenário brasileiro”, explica ela nesta entrevista exclusiva ao Você.

Ao iniciar a carreira, você já pensava em musicais?
Eu comecei querendo ser bailarina. E comecei tarde, aos 12 anos. Depois, aos 16, conheci Alonso Barros (coreógrafo especialista na direção de musicais), em Campinas. Ele gostava muito de musical, e fazia muitos espetáculos. Eu comecei a gostar também e fui para São Paulo com 19 anos, onde participei do meu primeiro espetáculo, uma montagem de “Hair”.

Como você se viu nesse início como atriz de musical?
Quando comecei eu era “uma bailarina que cantava um pouco”. E aos poucos fui fazendo cursos, melhorando em outros aspectos. Fui aprendendo com a prática em espetáculos também.

Hoje já é possível formar profissionais direcionados a essa área? Afinal, você mesma ministra cursos de jazz musical...
Acredito que está começando a surgir essa possibilidade de formação voltada já para o Teatro Musical, através de escolas profissionalizantes, como o Sesi de São Paulo, que acabou de criar um curso. Mas são cursos relativamente rápidos. Para estar apto, acredito que você precise saber muito de uma área e ter ao menos noção das outras. Foi assim que comecei.

Você já atuou em montagens americanas, como “My Fair Lady”, “Les Misérables” e “Mamma Mia!”. Que comparações pode tirar em relação ao mercado brasileiro?
No Exterior, principalmente nos Estados Unidos, eles estão muitos anos à nossa frente. Lá, musical é visto como fonte de renda, é um produto que vende e dá lucro. Turistas do mundo todo vão até lá ver. Aqui dependemos apenas dos brasileiros como público, o que já faz uma grande diferença.

E essas montagens conseguem manter-se após sua construção?
Aqui as produções têm vida curta, de no máximo um ano, isto quando falamos de musicais biográficos, como é o caso do “Tim Maia”, (que fez grande sucesso) e de “Elis” (elogiadíssimo pelo público e crítica). Já no exterior, os musicais duraram em média 10 anos.

Qual o desafio dessas produções?
No Brasil, o que mais complica é a questão da orquestra, e esse é o diferencial do musical para outras formas de espetáculo. Só a necessidade de uma orquestra que acompanhe já encarece e muito a montagem. E no musical tudo é grande: o cenário precisa ser espetacular, o elenco numeroso, o figurino incrível, uma equipe técnica grande.

Quanto tempo é necessário para criar um espetáculo como esse?
Falta entender que é necessário um tempo de amadurecimento desses espetáculos, de seu texto e concepção visual e técnica. É preciso investir e ter tempo para que os atores façam laboratório. Realizar ensaios e ajustes para que tudo se encaixe: música, dança, canto, texto. No Brasil, as produções, desde a criação do texto até a estreia, não têm levado mais do que dois a três meses. No exterior, a criação leva anos, e quando chega às mãos do ator, ela já está pronta, como uma Bíblia entregue nas mãos dele, onde diz cada passo e detalhe a ser estudado e executado.

Você sentiu muita diferença ao trabalhar com montagens e profissionais estrangeiros?
Tudo é muito diferente. Os atores estrangeiros são muito disciplinados, a direção é muito séria e não tem gritaria ou exigências extremas. Cada um sabe sua função e a cumpre com seriedade. Ainda falta muito disso aos profissionais brasileiros, mas estamos caminhando bem e observando um crescimento rápido nos últimos anos.

(Diário do Pará)

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