plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
_

Ensaios analisam obras adultas de Monteiro Lobato

Nas linhas introdutórias a Monteiro Lobato, Livro a Livro - Obra Adulta, a professora de Teoria Literária Marisa Lajolo estabelece patamares essenciais à compreensão do autor. Diz ela: quem o conhece ali da porteira do Sítio do Picapau Amarelo, já pôde ex

Nas linhas introdutórias a Monteiro Lobato, Livro a Livro - Obra Adulta, a professora de Teoria Literária Marisa Lajolo estabelece patamares essenciais à compreensão do autor. Diz ela: quem o conhece ali da porteira do Sítio do Picapau Amarelo, já pôde experimentar um grande escritor. Quem o conhece dos textos para gente grande, dos quais saíram personagens seminais, como a Negrinha, o Jeca Tatu e um Zé do Brasil, também travou contato com uma originalidade sem limites. Mas quem agora puder tomar nas mãos o volume lançado na terça-feira (15), para o qual Lajolo não só fez a introdução, mas atuou como organizadora, daí então descobrirá facetas dadas por perdidas ou ignoradas em Monteiro Lobato (1882-1948).

Entre 1945 e 1946, o próprio escritor reuniu sua obra para adultos, chamando-a de Literatura Geral. Dividiu-a em 13 volumes para 16 títulos, cruzando gêneros - uma novela, um romance, contos, artigos de jornal, prefácios, correspondência, cadernos com impressões de viagem e até guardados de fundo de gaveta. Como sintetiza Lajolo, “um mundo de textos!”. Em carta a um grande amigo, Lobato diria: “Imagine que a Brasiliense propôs, e eu aceitei, o lançamento de minhas... Obras Completas, Rangel! Em 30 volumes, vendidas pelo sistema Jackson...”, comemorava, referindo-se ao modelo de vendas da enciclopédia Tesouro da Juventude. Já nos idos de 1950, após a sua morte, Edgar Cavalheiro, seu biógrafo, continuou juntando textos esparsos, outros pesquisadores seguiram nessa toada e hoje já foram publicados 25 volumes da obra adulta lobatiana (pela Editora Globo, a partir de 2007).

Agora, para este lançamento da Editora Unesp, coube a Marisa Lajolo pedir a um grupo de especialistas que comentassem e contextualizassem os livros adultos, tal como já havia feito com a obra infantil do escritor de Taubaté. Os especialistas, por sua vez, mergulharam nos títulos e deles retiraram material de análise que extrapola os limites do estudo literário. “(...) os leitores ficam conhecendo, ou ganham maior intimidade, com um Lobato que se afasta da varanda do sítio para debruçar seu olhar sobre outros terreiros, de onde descortina o mundo”, reflete Lajolo.

O desvendamento é constante. O livro aponta conexões entre a obra infantil e a adulta, quando aquela mesma irreverência da boneca Emília emerge em um artigo de jornal, por exemplo. Estabelece que não existe um só Lobato, mas vários, e que a sua pluralidade é também a pluralidade dos brasis. Aspectos constitutivos da obra e de seu criador, como o gosto pela polêmica e a veia destemida, são visíveis desde o seu primeiro artigo de impacto na imprensa - chamou-se “Velha Praga”, publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 1914, jornal com o qual Lobato manteve parceria fecunda e duradoura - até a publicação de Zé do Brasil, em 1947, que tanto alvoroço causou também.

(Agência Estado)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em _

Leia mais notícias de _. Clique aqui!

Últimas Notícias