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CINEMA

Após 14 anos da estreia, sequência de 'Os Incríveis' chega aos cinemas brasileiros

Quando o primeiro “Os Incríveis” chegou aos cinemas, em 2004, os super-heróis ainda não eram levados a sério por Hollywood. Apesar de alguns lampejos, o gênero amargava fracassos (como “Mulher-Gato” e “Demolidor”) e a Marvel como conhecemos atualmente só

Quando o primeiro “Os Incríveis” chegou aos cinemas, em 2004, os super-heróis ainda não eram levados a sério por Hollywood. Apesar de alguns lampejos, o gênero amargava fracassos (como “Mulher-Gato” e “Demolidor”) e a Marvel como conhecemos atualmente só se configuraria quatro anos depois. Assim, a animação de Brad Bird pousou em um terreno fértil ao mostrar uma família que se dividia entre banalidades cotidianas e batalhas contra supervilões. “Os Incríveis” foi indicado a dois Oscar - venceu como melhor animação - e rendeu US$ 633 milhões no mundo (R$ 2,38 bi).

Quatorze anos depois, “Os Incríveis 2” encara um cenário diferente. Hoje, o cinema pop americano basicamente vive de adaptações de histórias em quadrinhos: só neste ano, as bilheterias somadas de “Pantera Negra”, “Vingadores: Guerra Infinita” e “Deadpool 2” representam mais que o valor total dos outros 20 filmes mais vistos de 2018. “Quando comecei a pensar na sequência, houve um momento em que fiquei deprimido, porque havia muitos super-heróis nos cinemas e, quando lançasse o meu filme, as pessoas poderiam estar cansadas disso”, afirma Bird à reportagem.

A saturação do mercado, no entanto, não atrapalhou. Em dez dias de exibição nos Estados Unidos, o desenho rendeu US$ 350 milhões (R$ 1,31 bi) e bateu o recorde de fim de semana de estreia de um longa animado com US$ 182 milhões (R$ 685,4 mi) - contra os US$ 135 milhões (R$ 508,4 mi) de “Procurando Dory” (2016), o antigo recordista. Também foi elogiado pela crítica.

Mas houve percalços. Com adiantamento no cronograma porque a Disney precisou adiar “Toy Story 4” para 2019, a equipe trabalhou sob pressão. “Foram três anos de caos”, conta o produtor John Walker, parceiro de Bird. Quando a maré parecia mais calma, outra notícia abalou o estúdio: em novembro passado, John Lasseter, cofundador da Pixar e um dos nomes mais importantes da história da animação, foi acusado de assédio sexual, o que culminou em sua saída do cargo de diretor criativo da Walt Disney Animation Studios.

Bird não nega a importância de Lasseter, um dos seus mentores, no roteiro do longa, mas conta que o envolvimento dele já não existia quando as denúncias surgiram.

“Eu já fiz filmes com e sem John Lasseter. Sei bem como dirigir um longa”, afirma Bird. Na animação, ele recebe o crédito de consultor criativo.

O novo cenário hollywoodiano, com a eclosão de movimentos feministas, provocou transformações no estúdio e a trama de “Os Incríveis 2” segue essa tendência de igualdade de gêneros. A Mulher-Elástica é escolhida para servir de heroína modelo de uma grande empresa para tentar reverter a lei que proíbe a atuação de super-heróis. Já o fortão Sr. Incrível precisa ficar em casa cuidando dos filhos Flecha, Violeta e Zezé.

“A Mulher-Elástica já era forte no original. Não mudamos a trama para tirar proveito de uma situação. Não devemos nunca antecipar um zeitgeist, mas escrever uma história honesta e atemporal”, justifica.

Continuação de “Os Incríveis” é ainda mais voltada aos adultos

Sr. Incrível e Zezé, que se revela o mais poderoso da família (Foto: Divulgação)

Em 2004, “Os Incríveis” era atraente para as crianças e também para adultos, em sua discussão sobre a percepção da decadência profissional dos veteranos, personificada no paizão, o Sr. Incrível. A continuação do filme surge ainda mais direcionada a espectadores grandinhos.

Quem tem filhos pequenos pode levá-los sem receio algum a uma sessão de “Os Incríveis 2”. Há um bom punhado de cenas de lutas e perseguições que vão deixar a molecada ligada na tela. Mas pode ser difícil a tarefa de acompanhar uma trama que fala sobre inclusão social, crise econômica e da força da propaganda e das mídias sociais.

Para quem não viu o filme original (quem?), vale explicar que os Incríveis são o pai megafortão Sr. Incrível, a mãe Mulher-Elástica, a adolescente Violeta (que pode ficar invisível e criar campos de força), o garoto superveloz Dash (que na versão dublada tem o nome Flecha) e o bebê Jack-Jack (no Brasil, Zezé), que dava pistas de ter superpoderes, até então adormecidos.

No segundo filme, a família está sem dinheiro, há leis que impedem os heróis de agir no combate ao crime e Violeta está enfrentando todos os problemas que a vida escolar pode proporcionar. Então, um investidor milionário, Winston, procura os Incríveis oferecendo ótimo salário e um plano de marketing para que eles voltem à ativa. Com a ajuda da irmã Evelyn, uma bambambã da tecnologia, ele quer registrar as ações dos heróis e espalhar tudo pelo mundo virtual, para que todos vejam que eles são bacanas e necessários à sociedade.

O problema é que a estratégia é focada na Mulher-Elástica, que teria maior apelo junto ao público. Ela parte sozinha para as missões, e um desolado e frustrado Sr. Incrível fica com a incumbência de cuidar da casa e dos filhos, o que acabará se revelando tão ou mais perigoso do que enfrentar supervilões. Com esse mote, o filme é divertidíssimo, apesar da citada inadequação da evidente complexidade do roteiro aos pequenos espectadores.

Mas, quando é para fazer rir, “Os Incríveis 2” deita e rola principalmente por causa do pequeno Jack-Jack. Ainda sem falar, ele engatinha, baba e a cada cinco minutos demonstra um poder diferente e destruidor. O bebê se revela o mais poderoso da família e seus feitos incontroláveis têm consequências muito engraçadas.

CONVULSÕES

Nos Estados Unidos, “Os Incríveis 2” ganhou destaque além dos recordes de bilheteria. A Pixar, responsável pela distribuição do longa, colocou um aviso antes do filme afirmando que ele poderia causar convulsões. A Disney Brasil não comentou se o mesmo alerta estará no filme exibido aqui.

As reações são provocadas por cenas em que há efeitos de luzes intermitentes. “É a chamada epilepsia fotossensível. Quem não sofre disso não corre risco nenhum de ter um ataque”, tranquiliza Marlon Figueiredo, professor de pós-graduação em neurologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico.

(FolhaPress)

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