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CINEMA

Roteirista de novo Star Wars antecipa clima 'sombrio' do episódio 8 da saga

Rian Johnson passou a infância brincando com bonequinhos de “Guerra nas Estrelas” (1977), antes mesmo de George Lucas, o criador da saga espacial, imaginar que ela se tornaria a marca mundial conhecida hoje. Criando suas histórias no quintal da casa em De

Rian Johnson passou a infância brincando com bonequinhos de “Guerra nas Estrelas” (1977), antes mesmo de George Lucas, o criador da saga espacial, imaginar que ela se tornaria a marca mundial conhecida hoje. Criando suas histórias no quintal da casa em Denver, no Colorado, o menino só tinha uma regra: Luke Skywalker, seu herói, sempre vencia. “‘Star Wars’ era meu mundo. Os filmes tiveram um impacto profundo em mim. E Luke era meu preferido”, afirma o cineasta.

Décadas depois, como diretor e roteirista de “Star Wars - Episódio 8: Os Últimos Jedi”, que estreia à meia-noite desta quarta para quinta-feira em algumas salas pelo Brasil, incluindo Belém, Johnson tem a oportunidade de contar novamente uma trama original com o jovem fazendeiro que se torna mestre jedi. Mas não esperem que Luke (Mark Hamill) tenha o mesmo tratamento inocente de quando Johnson era criança.

“O fato de ‘Os Últimos Jedi’ ser o segundo filme de uma trilogia exige que seja mais sombrio, pois os personagens precisam encarar a maior ameaça possível para que possam mudar para o capítulo final. Vai ser intenso”, adianta Johnson.

Ele admite comparações com “O Império Contra-Ataca” (1980), segundo episódio da trilogia original, mas busca a diversão leve do capítulo seguinte, “O Retorno de Jedi” (1983). “Não queria que o longa ficasse sério demais. Minha intenção também é divertir.”

Johnson foi contratado para desenvolver a trama iniciada em “O Despertar da Força” (2015), filme de J.J. Abrams que reapresentou velhos personagens – além de Luke, Han Solo (Harrison Ford), Leia Organa (Carrie Fisher) e Chewbacca (Peter Mayhew) – e trouxe novos rostos, como a heroína relutante Rey (Daisy Ridley), o desertor das tropas imperiais Finn (John Boyega), o piloto da Resistência Poe Dameron (Oscar Isaac) e o novo vilão, Kylo Ren (Adam Driver), filho de Solo e Leia.

“Quando comecei o roteiro, não listei nomes de planetas ou cenas de ação bacanas. Escrevi o que sabia sobre os protagonistas, quais seus desejos no contexto geral da saga e qual conflito poderia ser interessante”, explica o diretor.

Embarcamos imediatamente após os eventos mostrados em “O Despertar da Força”. Rey encontra Luke Skywalker para tentar começar seu treinamento jedi, mas é repelida inicialmente pelo mestre. “Ela vai para essa ilha esperando que Luke seja a resposta para tudo, mas ele responde diferente”, diz Daisy Ridley, cuja personagem terá a origem explorada no filme. “A pergunta que todos se fazem será respondida. Mas ainda não sei meu sobrenome.”

Já Finn, que terminou o longa anterior à beira da morte, se recupera a tempo de ganhar fama entre os membros da Resistência (grupo rebelde que enfrenta os tiranos da Primeira Ordem) e finalmente decidir seu papel na luta. “Ele é o homem que ajudou a criar uma nova jedi, então é uma superestrela na Resistência. Mas Finn também crê que Exércitos só criam outros Exércitos. Isso assombra suas missões”, revela Boyega.

Ele não só lida com a vingança da Capitã Phasma, mas precisa encontrar um misterioso sujeito (Benicio Del Toro) com a ajuda de uma mecânica em um outro planeta.

Disney nega, mas há rumores de que o filme foi reeditado por conta damorte da atriz Carrie Fisher, a General Leia. (Foto: Divulgação)

Johnson vai dirigir mais uma trilogia

A terceira trama de “Os Últimos Jedi” é mais complexa e lida com situações inéditas. “Kylo Ren ainda está processando o que aconteceu”, resume Adam Driver. A jornada do personagem pelo lado negro o leva ao encontro de sua mãe, Leia, e do tio e mentor, Luke Skywalker, que se sente culpado pela morte de Han Solo.

Apesar da Disney negar, o resultado desse encontro pode ter sido alterado pela morte da atriz Carrie Fisher, em dezembro de 2016, após as filmagens. “A ideia inicial era fazer o segundo filme sobre Luke e o terceiro sobre Leia”, entrega Mark Hamill. “Muito do que todos pensaram para o último capítulo envolvia Leia e infelizmente precisamos mudar. Carrie é insubstituível”, reforça o diretor Johnson. Ele retornará o bastão para J.J. Abrams, confirmado à frente de “Star Wars - Episódio 9” após a demissão de Colin Trevorrow (“Jurassic World”).

Mudança de comando não é algo novo na saga desde seu reinício na Disney. Dois anos atrás, Josh Trank (“Poder Sem Limites”) foi demitido de um filme derivado de “Star Wars” antes das filmagens. Já os diretores Phil Lord e Christopher Miller (“Anjos da Lei”) foram sacados de “Han Solo: Uma História Star Wars” a poucas semanas do fim das gravações, trocados por Ron Howard (“Uma Mente Brilhante”). Rian Johnson diz ter tido “a experiência dos sonhos”.

O que pode soar como controle de danos ganhou contornos de verdade mês passado, quando a Disney anunciou uma nova trilogia “Star Wars” sem ligações com a principal. Caso nada mude, será escrita e dirigida por Johnson.

Adam Driver diz que peso de Kylo Ren o fez hesitar em assumir o papel na icônica trilogia (Foto: Divulgação)

“MATAR HAN SOLO FOI PERTURBADOR”, DIZ ATOR

Cinco anos atrás, quando ganhou os olhos do mundo por seu papel na série televisiva “Girls”, Adam Driver, 34, só tinha a pretensão de ganhar o suficiente para pagar o aluguel e continuar a atuar em peças off-Broadway. Virar o vilão de uma franquia bilionária não estava nos planos.
Mas em “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), o ator transformou-se em Kylo Ren, filho de Han Solo (Harrison Ford) e Leia (Carrie Fisher), que debanda para o lado negro da Força e mata o próprio pai. Tímido e consciente do seu papel, Driver fala sobre a experiência e o futuro do seu personagem em “Star Wars: Os Últimos Jedi”.

Você parece mais relaxado neste segundo filme.
Ainda não me sinto confortável com tanta atenção de imprensa e fãs nestes períodos. Acho que parte do meu trabalho é ficar anônimo. Como já fiz isso antes, entendi que não é o fim do mundo [risos]. As pessoas estão empolgadas, eu também estou.

Finalmente podemos falar sobre a cena em que Kylo mata um dos personagens mais queridos da cultura pop. Foi difícil para você?
Sim, foi perturbador. Aquele dia foi muito tenso, eu estava nervoso. Essa cena foi uma das razões de ter demorado tanto para aceitar o papel. Sabia que seria algo importante e não poderia ser feita da maneira errada. Foi uma cena íntima para cada pessoa envolvida.

Considerando o desfecho dela, acho que foi feita de forma bastante calorosa...
Harrison foi muito generoso. Não consigo imaginar como foi a experiência para ele, porque nunca conversamos sobre isso. Mas, antes de filmar, ele me disse: “Somos apenas nós dois aqui”. Foi algo lindo de ouvir, porque estávamos no meio dessa máquina gigantesca, em um cenário imenso, e ele fez com que ficasse o mais íntimo possível.

Foi um momento de virada do personagem. Vão explorar neste segundo filme?
Sim. Kylo sente que possui uma justificativa moral para fazer o que faz. J.J. (Abrams, diretor de “O Despertar”) não queria que ele fosse apenas mau por natureza. Ele é mais imprevisível no segundo filme, porque não há mais limites para o que pode fazer. Acima de tudo, existe uma questão de fé. Ele é testado constantemente e não para de se questionar.

Kylo representa uma área cinzenta entre o bem e o mal, algo que não temos na trilogia original.
Não quero comparar com os originais, mas Rian [Johnson] fez um ótimo trabalho ao escrever ambiguidades, algo que acredito que o público consegue encarar hoje em dia. O fascinante nesses filmes são as coisas que você não consegue explicar e os momentos mais humanos, que são inevitavelmente mais complicados e bagunçados, longe de serem apenas em preto ou branco.

Como Kylo Ren inicia “Os Últimos Jedi”?
Encontramos Kylo logo depois dos eventos de “O Despertar da Força”, então ele ainda não teve tempo de processar tudo o que aconteceu. O longa começa a mil quilômetros por hora e não desacelera por nenhum minuto. É o que amo nesses filmes: eles são episódicos, mas os riscos são grandes em todos os recomeços.

Rey (Daisy Ridley) é a aprendiz de jedi no novo filme. (Foto: Divulgação)

Fãs anseiam por respostas

O fãs de Belém já não aguentam esperar para conferir o 8º episódio da saga “Star Wars”. Para o professor Marcus Dickson, “Star Wars: Os Últimos Jedi” é especial por trazer a assinatura dos Estúdios Disney - que comprou os direitos autorais da história criada por George Lucas -, o que dá novo tom à trama, que cultiva três gerações de fãs ao longo de mais de 40 anos desde sua estreia.

“É uma franquia das mais fortes do mercado e para muitos não só um conglomerado de produtos, mas uma filosofia de vida. As lições dentro do filme inspiraram toda minha geração, a geração do meu filho e ganham novos formatos. Esse novo filme, já com marca Disney, acredito que tem essa renovação. Esse episódio que estreia representa a tentativa de apresentar novos modelos de composição cinematográfica. Temos agora uma mulher como protagonista, e mais interessante, um negro como um dos personagens principais de ‘Star Wars’, alçando um patamar interessante, com as novas exigências e visão de cinema que temos agora”, analisa.

Como fã e também mestre em comunicação, Dickson aposta na conexão deste episódio com o “O Despertar da Força” (2015). “Metaforicamente, no episódio sete, tem a morte do Han Solo, que é um personagem clássico e extremamente importante. Para mim, isso representa acima de tudo a franquia dizendo ‘velhos fãs, vocês são importantes, mas agora estamos produzindo para um novo consumidor’. A morte do Han Solo é a morte do velho fã. É um produto à frente do seu tempo”, teoriza.

O advogado Eduardo Angelim está com o coração a mil. Mesmo tendo se decepcionado com “O Despertar da Força”, agora espera mais, tanto pela direção de Rian Johnson quanto pelo encontro dos irmãos Skywalker no filme. Ele acredita que o novo filme vai explicar o porquê do afastamento do Luke Skywalker da ordem Jedi e por que permitiu que a Primeira Ordem ascendesse. “A República voltou, mas as sombras do Império ainda pairam por toda a galáxia e ainda tem um novo lord Sith, o supremo líder Snoke. A gente quer saber de onde ele surgiu. Como o ‘Despertar da Força’ deixou muitas perguntas, acho que esse filme vai esclarecer muitos eventos”, diz o advogado, que acompanha a saga desde os anos 1980.

Já o professor Julião Cristo preferiu não ler nada sobre o novo episódio para não cair em spoilers. “Todo o material de divulgação oficialdeixava os fãs apreensivos com o que poderia acontecer na história, principalmente com o Luke. Acho que será um filme impactante. Deixei de seguir algumas páginas e até bloqueei, temporariamente, alguns amigos que tem essa triste mania de estragar a surpresa”, confessa.

(Rodrigo Salem/Folhapress e Dominik Giust/Diário do Pará)

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