Para amantes e simpatizantes da saga “Transformers”, estreia hoje nos cinemas o mais novo capítulo da franquia, “O Último Cavaleiro”, que tem como protagonista o líder Cade Yeager (Mark Wahlberg). Na trama, uma nova ameaça alienígena está para chegar à Terra. Assim, humanos e robôs terão de lutar para sobreviver a mais uma guerra entre dois mundos.
A história do diretor Michael Bay segue o ritmo frenético das outras produções. Não há um minuto sequer sem grandiosas sequências de ação, com alta velocidade em rachas, brigas e correria desenfreada. Os Transformers enfrentam diversos inimigos no decorrer do longa: desde os que vêm da Idade Média, passando pelos do espaço e chegando aos rivais da Alemanha nazista. Para combatê-los, Yeager se junta a um time formado pelo lorde inglês Edmund Burton (Anthony Hopkins) e pela professora da Universidade de Oxford Vivien Wembley (Laura Haddock). Juntos, eles terão de buscar no passado respostas para conseguir deter os oponentes.
O diretor inclui alguns personagens novos na franquia. Dentre eles, estão Izabella (Isabela Moner), uma jovem de 15 anos que luta para proteger um robô com defeitos; um novo robô chamado Cogman, que entra na trama para interagir com diálogos engraçados; e a própria Vivien (Haddock), que acaba mexendo com a cabeça de Yeager, mesmo em meio a tantos problemas.
Ação desenfreada atrai mais o público infantil Ao analisar “O Último Cavaleiro”, quinto exemplar da franquia dos robôs alienígenas que se transformam em veículos, o importante não é classificá-lo como bom ou ruim. A tarefa adequada é descobrir qual público poderia gostar do filme. |
Pensando assim, as sessões deveriam ser proibidas para maiores de 12 anos. Os pequenos espectadores têm mais condições de um envolvimento lúdico com robozões trocando socos e pontapés, sem prestar atenção ao roteiro.
E que roteiro! Uau! A trama simplesmente propõe que os Transformers visitaram a Terra pela primeira vez na época do rei Arthur. Merlin, por séculos um símbolo de mago poderoso, é revelado um picareta que só ganhou sua fama por utilizar tecnologia alienígena.
Anthony Hopkins – em mais um papel facinho numa superprodução de aventura, sua principal ocupação nesta fase de pré-aposentadoria– é uma espécie de guardião moderno da história dos Transformers entre os humanos. Ele tem uma sala decorada com fotos engraçadas de robôs gigantes na Primeira Guerra e outros momentos notáveis dos últimos séculos. Seu personagem está na função manjada de explicar como os jovens heróis podem impedir que outra batalha entre os Autobots (os robôs do bem) e os Decepticons (os malvados) destrua o planeta.
O mocinho é o nem tão moço Mark Wahlberg, repetindo seu papel no filme anterior, Cade Yeager, o inventor azarado mas bom de briga. A mocinha é a inglesa Laura Haddock, que interpreta a historiadora Vivian Wembley e surge como substituta plasticamente à altura de Megan Fox, musa dos primeiras aventuras dos Transformers.
O casal mostra alguma química no velho modelo de relação no cinema que começa como animosidade e vira paixão. Mas a garotada quer mesmo é pancadaria, então o diretor Michael Bay prova que ninguém precisa de muito enredo para preencher a tela com combates grandiosos. Assim, os confrontos entre Optimus Prime, o robô herói líder dos Autobots, e o rival Megatron, dos Decepticons, vão se arrastar por mais de duas horas de projeção.
Principalmente em seu terço final, o filme larga de vez seu fiapo de roteiro e aposta na ação desenfreada. Como se quisesse lembrar a todos que a franquia foi baseada em brinquedos de verdade, populares desde os anos 1980, a ação na tela parece a filmagem de um garotinho no tapete da sala batendo um boneco contra o outro.
(FolhaPress)
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