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CINEMA

Um mapa para o cinema nacional

Com o objetivo de reforçar a importância da crítica cinematográfica, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o Canal Brasil e a editora Letramento apresentam o livro “100 Melhores Filmes Brasileiros”, que será lançado amanhã, no Cinema

Com o objetivo de reforçar a importância da crítica cinematográfica, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o Canal Brasil e a editora Letramento apresentam o livro “100 Melhores Filmes Brasileiros”, que será lançado amanhã, no Cinema Olympia, em Belém.

Importantes críticos e estudiosos de cinema se reuniram para publicar reflexões sobre filmes nacionais, independente da metragem ou do período em que foram lançados. O primeiro da lista é “Limite” (1931), um longa-metragem mudo, assinado por Mário Peixoto. O crítico paraense Marco Antônio Moreira assina um texto referente ao filme “Chuvas de Verão” (1977), de Cacá Diegues. Na ocasião do lançamento, o filme será exibido.

Marco Antônio explica que não existiram critérios específicos para se chegar à lista elencada no livro, que tudo dependeu da subjetividade de cada crítico que participou da obra.

“Foi muito livre, são escolhas pessoais. Alguns optaram por ressaltar a narrativa, a estética, cada um viu o que era melhor colocar na lista. Eu levei em consideração muitos do Cinema Novo. Também escolhi ‘Limite’ para o primeiro lugar e em segundo ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’. Tem a questão do ponto de vista histórico, como ‘Cidade de Deus’, que foi importante para retomada do cinema brasileiro”, comenta o crítico.

Outros filmes, como “Central do Brasil” (1998), “Que Horas Ela Volta?” (2015), “O Céu de Suely” (2006), “Bicho de Sete Cabeças” (2001), “Carandiru” (2003), “Cinema, Aspirina e Urubus” (2005), “Tatuagem” (2013), “Amarelo Manga” (2003) e “O Palhaço” (2011) aparecem na lista.

Para Marco Antônio Moreira, a publicação tem relevância para quem busca entender melhor a arte cinematográfica, já que o papel da crítica de qualidade perdeu espaço e também para a divulgação dos títulos. “Hoje a gente já não vê mais críticas. Fizemos um levantamento importante e percebemos que ainda vivemos um período em que as pessoas não conhecem o cinema brasileiro, no sentido amplo. O cinema brasileiro produz 100 filmes por ano, em média, e nem 5% da população vê esses filmes. Não estamos acompanhando o cinema brasileiro e a ideia do livro é essa. Não é algo definitivo e pode ser questionado, inclusive, mas pensamos em como divulgar uma ação da crítica em tempos em que as pessoas aparentemente leem pouca crítica”, diz Marco Antônio.

CRÍTICA

A crítica assinada por Marco Antônio Moreira é sobre o filme “Chuvas de Verão”, lançado em 1977, pelo cineasta Cacá Diegues. Marco Antônio diz que foi especial produzir um artigo sobre o longa, já que foi o filme que inaugurou os antigos Cinemas 1 e 2, no bairro da Campina, em Belém, em 1978, que pertenciam à família do crítico. Além disso, ele destaca ainda ligação com o filme pelas características do cinema neorrealista italiano.

“O filme mostra um homem que se aposenta e não sabe o que fazer da vida. Foi filmado no subúrbio do Rio de Janeiro. Tem todas as características do neorrealismo italiano, uma história humana. Os filmes desse período do pós-guerra na Itália são assim, não havia cenário, eram filmados na rua, em apartamentos. E o Cacá quis fazer um filme mais simples possível. É quando ele acerta”, comenta o crítico.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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