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CINEMA

"Alice Através do Espelho” tem pré-estreia hoje

Com sua estética peculiar, o diretor norte-americano Tim Burton fez uma Alice à sua maneira, imersa em uma narrativa tão complexa quanto a do clássico “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, no filme homônimo lançado em 2010. O filme teve uma ar

Com sua estética peculiar, o diretor norte-americano Tim Burton fez uma Alice à sua maneira, imersa em uma narrativa tão complexa quanto a do clássico “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, no filme homônimo lançado em 2010. O filme teve uma arrecadação de US$ 1 bilhão no mundo inteiro, mas o sucesso não foi suficiente para mantê-lo na direção da sequência da história, “Alice Através do Espelho”, que tem pré-estreia nesta quarta-feira. Quem dirige a continuação é James Bobin, o mesmo dos dois filmes dos Muppets (2011 e 2014). O motivo? A crítica aponta o descontentamento de muitos fãs, que acharam o primeiro filme excessivamente confuso.

Confira o teaser do filme:

A roteirista permaneceu a mesma, Linda Woolverton, com experiência na Walt Disney Pictures, com trabalhos como o “O Rei Leão”, “A Bela e a Fera”, “Alladin”, “Mulan” e “Malévola”. No elenco, os atores da primeira versão se mantêm: Mia Wasikowska como a personagem título, Johnny Depp como o Chapeleiro Maluco, Anne Hathaway como a Rainha Branca e Helena Bonham Carter como a Rainha Vermelha. Sacha Baron Cohen é a novidade e interpreta o Tempo, o vilão e elemento fundamental para a trama – que tem a metáfora do jogo de xadrez para tratar sobre a impossibilidade de mudar o passado ou prever o futuro.

A adaptação da obra literária demorou três anos para ficar pronta. O enredo do filme apresenta uma narrativa que se permite não ser totalmente ligada ao que Lewis Carroll escreveu nas páginas do livro. A protagonista agora é uma mulher – e não mais uma menina - que atravessa o espelho e redescobre o País das Maravilhas. Mostra o reencontro de Alice com sua mãe e a tragédia familiar, a briga com as irmãs, num universo multicor e com diversos efeitos sonoros.

A história parte da notícia que chega à Alice, de que o Chapeleiro Maluco corre o risco de morte. Para salvá-lo, a protagonista deve conversar com o Tempo para que possa voltar ao passado e mudar o destino de eventos que comprometem o amigo.

Em coletiva de imprensa em Los Angeles, o atual diretor afirmou que manteve a estética de Burton, em que o espírito fantástico dá o tom, e que Alice representa uma mulher forte e que faz parte de uma geração que não se permite apenas ficar em casa para cuidar de assuntos domésticos, marido e filhos. O novo diretor a compara com as primeiras ativistas feministas do século 19, ainda na Inglaterra vitoriana, as chamadas sufragistas. “A Alice é uma nova geração no tempo. Se você pensar sobre o nascimento da verdadeira Alice, que foi em 1850, ela cresceu na mesma década que a sufragista Emmeline Pankhurst. Eu vejo paralelos entre elas. E eu acho que Lewis Carroll reconhecia essas características nela. Então, no filme a Alice é muito consciente de que ela pode fazer o que ela quiser, e não o que a sociedade espera que ela faça”, disse o diretor, ao site Uol.

A jornalista Bianca D’Aquino acredita que o filme esteja nos mesmos moldes do primeiro e por isso acabou não criando tanta expectativa, apesar de ser fã de Tim Burton. “Sei que ele está [apenas] como produtor, mas é ele que está ali criativamente. Acredito que seus últimos filmes estão muito repetitivos. Ele é um bom diretor e assim como Wes Anderson, possui uma estética própria, é possível saber que um filme é seu pela paleta de cores, pelos traços, pela mise-en-scéne. Percebemos que Burton continua influenciado pelo surrealismo alemão. Mas os roteiros estão fracos, os personagens também, já não vemos algo com o vigor de ‘Edward, Mãos de Tesoura’, que fez parte da minha infância, tenho uma memória afetiva. Para mim, esse novo ‘Alice’ é mais um filme caça-níquel”, diz a jornalista.

Já o analista de sistemas Fábio Carvalho da Costa, que é fã de carteirinha de Tim Burton e visitou a exposição sobre o diretor no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, acredita que o filme vai trazer elementos mais criativos à trama. “Estou curioso para ver o Sacha Baron Cohen como o Tempo. Leio sempre sobre as expectativas para o filme, mas não tanto para não estragar a surpresa ou ler algum spoiler. É uma adaptação de outra mídia, não sei o que eles fizeram com o roteiro e estou curioso. Por mais que o Burton não seja o diretor. Para mim, ele é o diretor mais criativo dos EUA dos últimos 30 anos”, diz.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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