“Macunaíma” para lembrar Grande Otelo

Em homenagem ao centenário de nascimento do ator Grande Otelo, completados em 18 de outubro,, a Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra) exibe hoje, às 19h, com entrada franca, um clássico do cinema brasileiro e da carreira de Otelo, “Macunaíma”. A exibição faz parte do Projeto Cine Fibra e tem o apoio da Associação de Críticos de Cinema do Estado do Pará.

O filme de 1969, uma adaptação do livro de Mário de Andrade, resgata a construção, de uma identidade cultural brasileira, e retrata com fidelidade os cenários, diálogos, costumes e representações presentes na obra do escritor.

Sucesso de público e de crítica, o longa de Joaquim Pedro, foi um dos primeiros filmes do Cinema Novo, caracterizado pela preocupação temática e pela pesquisa de linguagem.

O protagonista do filme, que já nasce grande, só começa a falar aos seis anos de idade, o que representaria na obra tanto de Mário de Andrade como de Joaquim Pedro o universo preguiçoso do povo brasileiro contra o ideal de trabalho.

“Macunaíma” representa o brasileiro, suas expressões e seus diálogos cômicos. De negro, se transforma em branco e do sertão migra a cidade com os irmãos, buscando todas as vivências e aventuras possíveis no país.

Além de Grande Otelo, o filme traz no elenco outros atores consagrados, como Paulo José, Dina Sfat, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Rodolfo Arena, Joana Fomm, Hugo Carvana, Wilza Carla e Zezé Macedo.

Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes, nasceu em 18 de outubro de 1915. Foi ator, comediante, cantor, escritor, compositor e poeta. Na década de 1920, participou da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro. Já em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. O ator morreu em 1993, de um ataque fulminante do coração, em Paris.

(Diário do Pará)