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GERSON NOGUEIRA

Gerson Nogueira aborda perfil e atitudes dos técnicos da atualidade

O convescote camarada Os técnicos brasileiros, de todas as divisões, adquiriram um hábito muito curioso. Transformaram-se nos mais solidários e generosos com os colegas de trabalho. Eles se elogiam entre si o tempo todo. É um tal de treinador dando entre

O convescote camarada

Os técnicos brasileiros, de todas as divisões, adquiriram um hábito muito curioso. Transformaram-se nos mais solidários e generosos com os colegas de trabalho. Eles se elogiam entre si o tempo todo. É um tal de treinador dando entrevista para enaltecer “os méritos e acertos” do time adversário, invariavelmente “bem treinado”, que “valoriza o resultado” etc.

Quem estiver distraído diante dessas lorotas vai pensar que estamos na fabulosa Premier League, onde só tem técnico de primeira linha.

Cuca, técnico do São Paulo, deu uma daquelas longas entrevistas pós-jogo derramando elogios ao trabalho de Rogério Ceni, do Fortaleza. “Olha, o time deles é tão bom que duvido que outro time venha aqui e consiga vencer”, analisou, aproveitando malandramente para glorificar Ceni e puxar a brasa para sua própria sardinha.

Todos se unem no esforço corporativista de safar a barra dos companheiros, num desfile incessante de mesuras e salamaleques. O pior é que isso vem logo em seguida a jogos horrorosos, de retrancas infernais, com chutão para todo lado e faltas em rodízio como tática de jogo.

Em Belém, também no sábado à noite, o Juventude veio com as fatídicas duas linhas de marcação – usadas por 10 entre 10 times visitantes no Brasil – e se fechou em busca do momento certo para dar o bote. Segurou o jogo, saiu só de vez em quando e acabou a bola decisiva a poucos minutos do fim.

Marquinho Santos caprichou nos superlativos ao próprio time – e ao seu trabalho, obviamente. Segundo ele, houve alta concentração, foco no jogo, disciplina tática e um monte de outros conceitos. Antes de encerrar sua fala, tascou o discurso de louvação corporativista, destacando que o Papão “é uma grande equipe, muito bem dirigida pelo Léo Condé (foto) e coisa & lousa e mariposa...”.

Não considero necessariamente ruim que companheiros de ofício reconheçam os méritos de seus pares. É louvável até. O problema é quando o oba-oba não tem sustentação na realidade. Os jogos são terríveis, a bola é maltratada e o torcedor que paga atura uma hora e meia de pelada mal disfarçada, em todas as divisões nacionais, mas os caras seguem formulando um pensamento que passa a ideia de que tudo vai às mil maravilhas.

Talvez por essa razão o futebol esteja tão em baixa no país, com público minguando e poucos bons jogadores surgindo, o que se reflete forçosamente no desempenho da Seleção Brasileira.

Ao mesmo tempo, o trabalho diferenciado que Jorge Sampaoli pratica no Santos desde o começo da temporada se destaca dos demais. O time tem posicionamentos claros, não enrola e nem antijogo, encara ofensivamente qualquer adversário. Não tem essa de entregar a bola ao outro time.

Contra o Vasco, praticou jogo de alta velocidade, tabelinhas e triangulações que o Brasil esqueceu há tempos. E sem ter supercraques no elenco, pelo contrário até. Sampaoli redesenhou a maneira de se posicionar em campo e recuperou jogadores que estavam na lista de dispensas.

Curiosamente, não vi até agora um só técnico brasileiro batendo palmas para o argentino tatuado. Mordidos com o destaque dado ao Santos, técnicos cascudos , como Levir Culpi e Luxemburgo, além do ainda iniciante Carille, o genial corintiano, trataram de desqualificar ou fazer muxoxos refugiando-se naquele falso patriotismo que viceja no país sempre que um estrangeiro talentoso faz sucesso por aqui.

Árbitro de vídeo sai em defesa do Corinthians

O VAR marcou presença, de forma fulgurante, no sábado à noite, em São Paulo. O árbitro marcou pênalti claro, após a bola bater na mão do lateral esquerdo Fagner. O árbitro de vídeo, porém, entrou em cena e anulou a penalidade, sob a alegação de que o atacante Luan chutou a bola com a intenção de conseguir o pênalti.

Ora, esse tipo de coisa virou coisa absolutamente natural – e aceita pelas arbitragens – no futebol praticado hoje no mundo. Os atacantes não se preocupam mais em chutar no gol, chutam na direção do braço dos zagueiros. Acho errado, mas a regra determina que é infração quando a bola toca na mão ou no braço de um defensor.

Não é por nada, não, mas é possível que surja no Brasil a única entidade no mundo capaz de reinterpretar lances dessa natureza, indiscutíveis, para socorrer o infrator: o poderoso sistema de arbitragem que surge sempre em jogos de Corinthians e Flamengo.

Papão encara maratona de jogos que exige cuidados

Cinco jogos irão determinar uma maratona na programação do Papão neste mês de maio. Tudo por conta da disputa das oitavas de final da Copa do Brasil, em jogos de ida e volta, nos dias 23 (Beira-Rio, em Porto Alegre) e 29 de maio (Mangueirão, em Belém), que acrescenta ao calendário da equipe uma dose extra de desafio quanto ao condicionamento físico.

O esforço começa no próximo domingo, 19, contra o Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro, pela Série C. Ainda pela Terceira Divisão, o time vai a Minas enfrentar o Boa Esporte no domingo, 26, três dias depois da partida contra o Inter em Porto Alegre. Na semana seguinte, recebe o Colorado e logo depois pega o São José, no dia 2 de junho, na Curuzu.

Serão cinco jogos num período de 15 dias, com viagens desgastantes atravessando o país para ir ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Além dos ajustes técnicos que ainda precisa fazer, o time terá que apresentar nível caprichado de preparo para suportar a sobrecarga física.

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