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GERSON NOGUEIRA

Semifinais do Parazão são tema da coluna de Gerson Nogueira

Leão sofre para chegar à decisão O Remo está garantido na decisão, mas sofreu muito e jogou tão mal que a classificação não gerou nem o tradicional foguetório pela cidade. Provavelmente por constrangimento, o torcedor preferiu se guardar para os jogos de

Leão sofre para chegar à decisão

O Remo está garantido na decisão, mas sofreu muito e jogou tão mal que a classificação não gerou nem o tradicional foguetório pela cidade. Provavelmente por constrangimento, o torcedor preferiu se guardar para os jogos decisivos. E, a rigor, não havia mesmo como festejar atuação tão acovardada, que resultou em sufoco do Bragantino até o último minuto.

A má distribuição do time azulino em campo expôs pecados que já eram notados na era Netão. A defesa é sólida, porém fica exposta com a pouca combatividade dos volantes e a baixa produção ofensiva. Lição velha: time que não segura bola no ataque sofre na zaga.

Em muitos momentos parecia que o visitante era o dono da casa, pela intensidade e desassombro. Marco Goiano, Capanema, Pecel, Lukinha, Fidélis e Romário tiveram participação destacada, atacando e marcando vigorosamente e levando sempre a equipe à frente.

No 1º tempo, a torcida remista ainda viu alguns lampejos de Douglas Packer e Edno, mas o Remo em nenhum momento se impôs porque parava na marcação adiantada montada pelos técnicos interinos do Braga.

Ao tentar sair pelo meio, justamente onde havia mais concentração de jogadores, Djalma e Dedeco (principalmente) acabavam entregando a bola aos adversários, gerando situações de perigo, que Fidélis e Lukinha não souberam aproveitar em duas ocasiões.

Num dos raros ataques bem elaborados, Gustavo esteve perto de marcar aos 11 minutos, tocando no canto para grande defesa de Axel. Aos 14’, Douglas pegou de primeira, mas a bola saiu à esquerda da trave. Dedeco fez o gol, aos 30’, mas a auxiliar anulou erradamente o lance.

O Bragantino tinha pressa em fazer o gol que empataria a disputa. Foi muito aplicado nessa tarefa, desfrutando de chances que foram desperdiçadas por afobação no 1º tempo.

Quando resolveu modificar o meio-campo, Márcio Fernandes meteu os pés pelas mãos. Tirou Djalma, que era o marcador mais eficiente, apesar de alguns erros de passe. Ramires entrou, mas, sem entrosamento, levou 20 minutos para achar seu espaço à frente da zaga. Em meio a isso, aos 10’, Fidélis bateu cruzado e a bola foi na trave dando um susto na defesa.

O técnico substituiu Dedeco, que estava mal, por Diogo Sodré, que sempre entra mal. Típica troca de seis por meia dúzia. Sodré tem um dos piores desempenhos da equipe, com alto índice de passes e decisões erradas. Lançado em contra-ataque, aos 36’, se atrapalhou com a bola arrancando vaias furiosas da torcida.

Nos minutos finais, a superioridade do Bragantino ficou evidente com uma sequência de chutes e cabeçadas a gol. Foram quatro jogadas agudas, com Tony Love, Fidélis, Ronaldo e Capanema, todas defendidas por Vinícius.

O lance mais impressionante ocorreu aos 43’ num chute forte de Ricardo Capanema. A bola desviou na zaga e tomou a direção das redes, mas Vinícius saltou e conseguiu operar milagre com a ponta dos dedos.

A essa altura, o Remo não tinha forças para reter a bola na frente e tentava controlar a pressão, esperando o jogo acabar. O Braga era mais organizado e contava com jogadores que rendiam mais até no aspecto físico.

Um dos grandes equívocos de Márcio Fernandes foi a mudança no ataque. Edno, cansado, precisava sair, mas Mário Sérgio não deveria entrar. Emerson Carioca, com dois gols em dois jogos, era a escolha óbvia.

Com Gustavo exaurido pela correria nos dois tempos, o Remo ficou dependente de Douglas, que não estava em tarde inspirada. Mário Sérgio manteve a média: tocou duas vezes na bola.

No Tubarão, Robson Melo e o auxiliar deram um show de simplicidade e coerência. Lançou o atacante Ajuruteua e o meia Ronaldo para reforçar a aproximação e garantir arremates de fora da área. Depois, trocou Ronaldo por Tony Love para o cerco final com jogadas aéreas.

Faltou apenas o gol. Não por ausência de esforço ou pontaria, mas porque Vinícius não deu qualquer chance.

Erros e escolhas erradas acendem sinal de alerta

O rendimento do Remo contra o Bragantino, ontem e quarta-feira, merece reflexão por parte da comissão técnica e dos gestores de futebol do clube. A insistência dos técnicos (Netão e Fernandes) com jogadores de baixa produtividade – Mário Sérgio e Diogo Sodré à frente – desafia a lógica.

O sistemático afastamento de Echeverría é outro item a ser observado. Se não serve para jogar, nem como opção no banco de suplentes, qual a utilidade de manter um jogador que não custa pouco ao clube?

Da mesma forma, a não utilização de Emerson Carioca, melhor atacante do Remo no momento, acabou favorecendo o sufoco imposto pelo Bragantino, pois o Remo não tinha força de ataque.
A pergunta que não quer calar: Echeverría e Emerson têm menos chances outros por deficiência técnica ou por não terem sido indicados pelo gerente de futebol?

São questões que devem ser analisadas e resolvidas, pois o elenco continua tecnicamente limitado, o que aumenta a necessidade de acerto nas escolhas. Não apenas para decisão estadual, mas, principalmente, para a disputa da Série C.

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