plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 31°
cotação atual R$


home
GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna do Gerson Nogueira desta terça-feira (30): Desculpas em cascata

Seria engraçada não fosse quase trágica a mania que os técnicos têm de justificar fase ruim. As desculpas vêm em cascata. Nem precisa acompanhar as entrevistas. O papo é sempre o mesmo. É a bola que não entra. O momento que não ajuda. As defesas adversári

Seria engraçada não fosse quase trágica a mania que os técnicos têm de justificar fase ruim. As desculpas vêm em cascata. Nem precisa acompanhar as entrevistas. O papo é sempre o mesmo. É a bola que não entra. O momento que não ajuda. As defesas adversárias muito fechadas quando visitam Belém.

Podiam ser mais criativos e arranjar outras explicações, algo como a força dos ventos contrários ou a queda brusca da umidade do ar. Coisas com um apelo científico mais elucidativo, que fugissem às lorotas habituais.

É compreensível que, sob pressão, os profissionais fiquem sem argumentos, não tenham respostas para o baixo rendimento. Como não podem sentar a pua no grupo de jogadores, pelo risco de arapucas internas (das quais nem Lopetegui escapa), apelam para o óbvio ululante.

Contra o Coritiba, no sábado passado, jogando sofrivelmente, o PSC esbarrou no forte sistema defensivo adversário. Ficou cercando lourenço, cruzando bolas sem direção e tentando chegar no chamado jogo aéreo, única jogada que ainda dá certo na Curuzu. Desta vez, porém, a coisa não funcionou.

De sua parte, o visitante também não queria muita coisa. Ficava enrolando na meia-cancha, de vez em quando armava um contragolpe, mas sem criar situações claras. O primeiro tempo terminou com o jogo dando toda pinta de zero a zero.

Até que, já na segunda etapa, em cruzamento pelo lado esquerdo a bola chegou à pequena área do Papão e encontrou a canela de Diego Ivo. O desvio matou a saída do goleiro Renan Rocha e foi direto para o barbante.

Brutal infelicidade do zagueiro que mais prega motivação nas entrevistas. Vive dando brados de entusiasmo mesmo depois de goleadas terríveis, como aquela sofrida frente à Ponte Preta de Brigatti.

Com Timbó de lateral esquerdo, aterrorizando os corações bicolores, o time saiu em busca do empate. Apenas na vontade, sem esquematização de jogo. Não há nenhum jogador no atual grupo alviceleste capaz de atuar com serenidade. Mesmo os mais técnicos, como Carmona e Thomaz, tendem a sumir ante as cobranças e ao baixo astral causado pela má campanha.

O gol salvador veio no finalzinho, depois de um bate-rebate na entrada da área. Renato Augusto apanhou a sobra e bateu no canto direito da trave coxa-branca, sem chances para o goleiro. Foi o terceiro arremate bicolor em direção ao gol. Essa triste estatística ajuda a explicar a secura de ideias e de inspiração que se abate sobre a equipe.

Nas entrevistas, os jogadores repetiram a ladainha de que nada está perdido e que chegará o dia em que a bola vai entrar. Brigatti foi na mesma toada. Voltou a enaltecer a dedicação do elenco, a participação nos treinos, o esforço de todos. Discurso desnecessário porque na Série B todos os times se dedicam aos treinos e buscam a vitória, exatamente como o PSC.

O que diferencia os que estão no cume da tabela dos que sofrem na parte baixa é a qualidade técnica que empregam para perseguir seus objetivos. E é isso que falta ao Papão, embora Brigatti (como Dado Cavalcanti e Guilherme Alves) evitem afirmar isso com todas as letras.

Como optam pela tática de dourar a pílula, são obrigados a afirmar reiteradas vezes que o grupo é maravilhoso, merece um lugar ao sol e que a pífia colocação é produto de alguma injustiça divina.

O fato é que a coisa já adquiriu contornos dramáticos. Com 33 pontos, o PSC precisa vencer quatro dos cinco jogos que irá disputar, sendo três fora de Belém. Missão quase impossível. Creio que, até por uma questão de planejamento, a diretoria do clube já deve estar avaliando o cenário da Série C 2019. Se ainda não está fazendo, deveria fazer.

Eleições azulinas às portas do impasse

O Remo convive com os riscos de mais um desfecho tumultuado de seu processo eleitoral. Como a Assembleia Geral, provocada por recurso de um associado, ainda não decidiu sobre o futuro da chapa 10, a confusão vai dominar o tempo que deveria ser dedicado a debates e apresentação de propostas. Pior: há a possibilidade de que o resultado das urnas fique pendente, esperando o posicionamento da Justiça.

Por ora, a expectativa é quanto ao pronunciamento do presidente da AG. Até o leãozinho de pedra do Evandro Almeida sabe da influência que o presidente Manoel Ribeiro tem sobre as diversas instâncias do clube, incluindo a AG.

Tem tanto poder que a decisão sobre o pedido de impugnação – bem fundamentado, segundo todos os que a coluna consultou sobre os estatutos da agremiação -, que deveria caber ao colegiado, será monocrática.

São situações que se repetem ao longo do tempo, dificultando qualquer esperança de que o Remo consiga se unificar e partir para um processo de modernização, sempre lembrado pelos candidatos presidenciais e nunca implementado a sério.

O cenário atual não inspira nenhum sentimento otimista. Pelo contrário, caso a chapa de Ribeiro seja autorizada a concorrer, é certo que haverá novo pedido de impedimento, sendo que a eleição acontece já no próximo dia 10 de novembro. O impasse está desenhado.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Gerson Nogueira

Leia mais notícias de Gerson Nogueira. Clique aqui!

Últimas Notícias