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GERSON NOGUEIRA

Leia na Coluna de Gerson Nogueira: Última escala antes da Rússia

Mesmo com todas as mídias favoráveis, os anúncios quase messiânicos, é necessário reconhecer que a Seleção Brasileira não conseguiu cativar a massa. Qualquer passeio pelas ruas de Belém, cidade normalmente festiva quando o assunto é futebol, revela-se fru

Mesmo com todas as mídias favoráveis, os anúncios quase messiânicos, é necessário reconhecer que a Seleção Brasileira não conseguiu cativar a massa. Qualquer passeio pelas ruas de Belém, cidade normalmente festiva quando o assunto é futebol, revela-se frustrante quanto à adesão do torcedor ao espírito pachequista que as emissoras de TV tentam impor.

Não se vê sinal das camisas amarelas do escrete, que antes de qualquer Copa do Mundo, costumam invadir as ruas. Talvez seja efeito da brutal decepção dos que misturaram futebol com política, apoiando Aécio Neves e sofrendo as consequências da desafortunada escolha.

Pode ser também reflexo da massacrante goleada alemã nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Para os jogadores, parte deles ganhando uma segunda oportunidade neste Mundial, o vexame parece que não causou maiores traumas. Todo mundo demonstra estar tranquilo, como se nada tivesse acontecido naquela tarde tenebrosa em Belo Horizonte.

São diversos fatores diversos que convergem para uma realidade desconcertante: o Brasil de 2018 não é o mesmo das outras Copas. As pessoas passam diante das vitrines e não se empolgam com os televisores de última geração. No passado, o cidadão comum trocava de aparelho de TV de quatro em quatro anos, justamente antes de começar a festa.

Hoje, na belíssima Viena, o Brasil de Tite encara o bom time austríaco, que bateu firme na Alemanha campeã mundial. Que os brazucas se acautelem para evitar um vexame no último amistoso antes da estreia na Copa.

Com Neymar confirmado, Tite terá, pela primeira vez em vários meses, aquele que é considerado o time ideal do Brasil. Sem Fernandinho, of course. Amistosos às vésperas da Copa são normalmente jogos que lembram dança entre irmãos. Obviamente, não há muito esforço em arriscar as canelas ou ir com tudo nas divididas.

Ainda assim, o jogo pode render boas lições ao aplicado Tite. É a hora de descobrir se Danilo dará mesmo conta do recado pela direita, embora a alternativa a ele seja das mais acabrunhantes – o carniceiro Fagner, que só vai à Copa por obra e graça da famigerada cota corintiana.

No amistoso contra a Croácia, o Brasil fez um primeiro tempo de time retranqueiro, com Casemiro, Paulinho e Fernandinho protegendo a defesa. A atuação foi horrorosa ao longo do primeiro tempo. A situação melhorou, da água para o vinho, com a entrada de Neymar no segundo tempo.

O jogo tem importância capital para as anotações da comissão técnica, mas desconfio que é mais importante ainda para o ânimo da torcida brasileira. Para animar a massa, Neymar & cia. precisam jogar com disposição, arrojo e fome de gols. Só os gols salvam, já dizia o poeta. Mais do que nunca, essa sentença se faz verdadeira.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, às 21h, na RBATV, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Gols da rodada, sorteios e interatividade com o telespectador.

Papão sofre novo revés e perde gordura

Dado Cavalcanti foi cirúrgico. A derrota para o Goiás, na sexta-feira à noite, além de acrescentar uma boa dose de insatisfação entre os torcedores, fez o Papão perder a gordura acumulada nas primeiras rodadas da Série B.

Grande parte da responsabilidade pelo novo tropeço é atribuída, justificadamente, ao próprio Dado. Critica-se principalmente a insistência com um esquema que já provou ser falho. Os três zagueiros não defendem bem e saem jogando de forma trôpega, dando chutões.

Foi o que ocorreu na partida em Goiânia, como já havia acontecido em outros jogos recentes. A saída defeituosa torna o time vulnerável e sem qualidade na conexão com o ataque. Diego Ivo cansou de errar ligações com o ataque. Edimar saía sem convicção para o combate direto e Douglas, lento em excesso, se atrapalhava em quase todas as situações.

Mesmo com o gol de Renato Augusto logo no começo do jogo, o Papão não teve tranquilidade para conter a movimentação do Goiás, que reagiu ainda no primeiro tempo (gols de Alex Silva e Lucão), virando a partida e ainda perdendo muitos gols ao longo dos 90 minutos.

Os buracos no meio-campo e o espaço concedido pela última linha do PSC fizeram com que o Goiás jogasse inteiramente à vontade. O resultado mais justo seria um novo 4 a 1, como na terça-feira em Criciúma.

Renato Cajá, responsável pela criação de jogadas no Goiás, teve total liberdade. O time da casa perdeu chances em sequência, mandou bola no travessão e mereceu a vitória.

Ao Papão resta aproveitar o tempo disponível até o próximo jogo (contra o CSA, no sábado que vem) para arrumar a casa. Ficou óbvio que o sistema 3-5-2 não está mais encaixando, até porque os adversários já conhecem as fragilidades do trio de zagueiros e dos laterais bicolores. Algo precisa ser feito antes que o prejuízo aumente.

Quem sabe, sabe...

A coluna abre espaço, por sugestão de um querido amigo botafoguense, aos grandes pensadores e frasistas do futebol. Para começar a série, um nome acima de qualquer suspeita. Selecionei três frases imortais do ferino, saudoso e genial Johan Cruyff, regente da Laranja Mecânica de 1974 e um dos mais completos atacantes que o mundo já viu:

“Quando você joga uma partida, é estatisticamente comprovado que os jogadores ficam com a bola, em média, três minutos. O mais importante é o que você faz durante os outros 87 minutos em que não tem a bola. Isso que determina se você é bom jogador ou não.”

“Você joga futebol com a sua cabeça. Suas pernas estão lá apenas para ajudá-lo.”

“Os jogadores de hoje dia só sabem chutar com o peito do pé. Eu conseguia chutar com a parte de dentro, com o peito do pé, com o lado externo, com os dois pés. Em outras palavras, eu era seis vezes melhor que os jogadores de hoje em dia.”

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