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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta segunda, 23: Vitória com direito a sustos

Quem viu o Remo jogar (e sofrer) diante do modesto Globo-RN, sábado à tarde, no estádio Jornalista Edgar Proença, ficou com a sensação de que o time ainda não estreou de verdade no Brasileiro da Série C. Não foi possível notar evolução expressiva em relaç

Quem viu o Remo jogar (e sofrer) diante do modesto Globo-RN, sábado à tarde, no estádio Jornalista Edgar Proença, ficou com a sensação de que o time ainda não estreou de verdade no Brasileiro da Série C. Não foi possível notar evolução expressiva em relação ao jogo contra o Atlético-AC, em Rio Branco.

É claro que a magra vitória em casa merece comemorações da torcida – que marcou presença, mesmo sem ônibus circulando –, mas os erros primários que o time voltou a apresentar, além da falta de inspiração de peças importantes, como Felipe Marques e Adenilson, deixaram um rastro de preocupação no ar.

O triunfo nasceu de uma arrancada de Elielton pela direita, aos 27 minutos. Em velocidade, ele tentou aplicar o drible da vaca no marcador e depois foi abalroado pelo goleiro Wellington, em penal assinalado sem hesitações pelo árbitro catarinense. Isac foi lá e marcou o gol da vitória.

No geral, porém, o rendimento remista foi aquém do esperado para um time que pretendia se reabilitar do mau passo na primeira rodada. Depois de um começo de muitos estudos e pouca ação prática, as jogadas mais consistentes surgiram pelos lados.

Levy apoiava as subidas de Elielton, mas mostrava preocupação com a presença de Romarinho, jogador tinhoso e dado a pedaladas. Para sorte do Remo, o atacante do Globo exagerou nas presepadas e pouco fez de produtivo, acabando por ser substituído no início da etapa final.

Antes do pênalti salvador, Isac desperdiçou cruzamento perfeito de Esquerdinha, cabeceando sobre a trave. Aliás, a dificuldade do centroavante do Remo em acertar cabeceios é algo que já merece uma reciclagem específica nos treinos. Perdeu gols em lances aéreos contra o Manaus, nos dois confrontos pela Copa Verde, e também nos quatro clássicos contra o PSC.

O zagueiro Moisés, que estreou bem, deixou escapar boa oportunidade em cruzamento alto que a confusa zaga potiguar não cortou. Moisés subiu mais que os defensores, mas a testada tomou a direção errada.

É verdade que a quantidade de chances atiradas pela janela foi bem inferior a de Rio Branco, mas o Globo fez um esforço danado para entregar a rapadura, em que os azulinos soubessem aproveitar. Na trama mais bem executada em toda a partida, em quatro toques, Esquerdinha entrou na área e chutou por cima. A jogada exigia sutileza, mas o lateral encheu o pé.

Para o segundo tempo, o visitante trouxe uma novidade: Jean Natal, um carequinha rápido e certeiro nos passes, que transitou à vontade, sem receber marcação firme. Dos pés dele surgiram pontadas sempre perigosas, que acuaram o Remo em seu próprio campo e intranquilizaram a torcida.

Mas, susto de verdade mesmo, viria aos 22 minutos. Em escanteio cobrado por Geovane, o zagueiro Victor desviou à meia altura no canto esquerdo da trave. A bola tinha endereço certo, mas Vinícius operou um verdadeiro milagre, desviando com a ponta dos dedos para a linha de fundo.

Mesmo fustigado pelos ataques do Globo, o Remo teve bons momentos em contra-ataques, mas falhou na definição, com Felipe Marques (duas vezes), Isac e o estreante Everton, que substituiu a Adenilson.

Nos dois jogos realizados, o Remo reavivou a lembrança da má jornada na Série C do ano passado, quando se especializou em fazer jornadas bisonhas e atrapalhadas em Belém e exibições medrosas como visitante. Mudanças pontuais (e urgentes) são necessárias para que a frustração não se repita.

Técnico volta a apontar necessidades do elenco

Depois da partida, Givanildo Oliveira viu méritos na produção do time, destacou o resultado e, embora não tenha dito, deve ter ficado mais uma vez preocupado com os problemas do meio-campo. Sacou Fernandes e pôs Leandro Brasília, depois trocou Adenilson por Everton na metade do segundo tempo. Não tinha outro caminho a seguir além dessas trocas, o que dá bem a medida das limitações técnicas do elenco azulino.

Brasília imprimiu mais qualidade à saída de bola, mas Everton pareceu ainda sem entrosamento com os companheiros, errando jogadas simples, embora demonstre habilidade e facilidade para passes e lançamentos.

Givanildo voltou, à sua maneira, a tocar no assunto dos reforços, situação que se arrasta desde o Campeonato Paraense. Ele dá ênfase à necessidade de um atacante de meio, pois Isac não tem reserva. Na verdade, o centroavante a ser contratado virá para disputar posição com o titular. Devia cobrar também outro camisa 10, um que jogue de verdade.

A situação incerta de Felipe Marques, que pode deixar o clube, é outro motivo de preocupação para o técnico. Sem Marques, o Remo perde em força ofensiva, embora o ponta não venha se apresentando bem.

Na partida de sábado, Vinícius, Mimica e Elielton foram os melhores do lado azulino. No Globo, Jean Natal causou boa impressão.

Uma regata na Guajará como nos velhos bons tempos

Cláudio Guimarães, com mais de cinco décadas de narração esportiva, foi o âncora da jornada especial de ontem na Rádio Clube do Pará, como parte dos festejos pelos 90 anos da emissora. O evento não podia ser mais apropriado: uma regata válida pelo campeonato estadual da modalidade, realizada na baía do Guajará.

Como nos primórdios da PRC-5, que transmitia sempre as regatas, Cláudio descreveu em minúcias aos ouvintes todos os páreos da manhã. A vitória final coube ao Papão, depois que o Remo perdeu o direito de disputar o oito-gigante, por irregularidade de um de seus atletas.

A regata teve sabor nostálgico para mim. Pude reviver um hábito antigo. Em Baião, nos anos 70, grudava o ouvido no rádio Semp de meu pai-avô Juca para ouvir as transmissões, impressionado com a frase “águas barrentas da Guajará”, repetida gostosamente ontem pelo premiado locutor bragantino. Ave, Rádio Clube do Pará!

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