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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta segunda (12)

Leão volta a prevalecer O Remo fez o básico com competência e saiu vencedor do segundo Re-Pa da temporada, quebrando a invencibilidade do técnico Dado Cavalcanti no comando do PSC. Antes de qualquer análise, é preciso deixar claro que o clássico-rei é um

Leão volta a prevalecer

O Remo fez o básico com competência e saiu vencedor do segundo Re-Pa da temporada, quebrando a invencibilidade do técnico Dado Cavalcanti no comando do PSC. Antes de qualquer análise, é preciso deixar claro que o clássico-rei é uma espécie de competição à parte, na qual pouco importa o grau de vantagem teórica de um dos lados. Quase sempre, o que acaba prevalecendo é a simplicidade, a entrega e a capacidade de decidir.

Nesse aspecto, o Remo soube fazer a melhor leitura do jogo, explorou as condições postas no tabuleiro e garantiu a vitória com um gol marcado aos 41 minutos do primeiro tempo. Num confronto tecnicamente apenas razoável, a jogada que definiu o clássico foi também a mais bonita ao longo dos 90 minutos, surgida de um contra-ataque fulminante executado por Felipe Marques.

O lateral Gustavo roubou a bola na intermediária do Remo e passou a Felipe Marques, que avançou desde as proximidades da linha divisória até a entrada da área do PSC, perseguido de perto por Cáceres, mas sem sofrer combate direto. No bico da grande área, deu um corte em X no zagueiro Perema e chutou de direita no canto da trave. Um golaço.

Curiosamente, três minutos depois, o Remo poderia ter ampliado em novo contragolpe rápido, puxado por Esquerdinha e Felipe no espaço deixado pelo lateral Maicon Silva. Os dois azulinos entraram com facilidade e puderam decidir quem daria o chute final. O arremate foi feito pelo lateral e saiu rente à gaveta direita de Marcão, levando muito perigo.

O primeiro tempo teve alguns poucos lances agudos, mas sem levar maior perigo aos goleiros. A transpiração e o esforço dos marcadores foi sempre superior à criatividade dos dois armadores em campo, Adenilson e Fábio Matos. O Remo sofreu com a perda de Levy logo no começo, substituído por Gustavo, que não apoia tanto quanto o titular.

Na etapa final, precisando igualar o marcador, Dado Cavalcanti lançou de uma só vez Walter e Renato Augusto nos lugares de Moisés e Carandina, que já tinha cartão amarelo. A mudança propiciou ao Papão uma chegada mais qualificada, com Walter aproximando-se de Cassiano e Mike, para jogadas de triangulação.

Aos 13’, num cruzamento de Maicon Silva, a bola caiu nos pés de Walter dentro da área. Mesmo marcado de perto, ele bateu de primeira, mas Vinícius defendeu bem. Depois disso, uma investida de Fábio Matos pela direita resultou em cruzamento que resvalou no braço de Dudu, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

Com o intenso combate no meio-campo e a chuva aumentando, Givanildo Oliveira sacou Fernandes – que errava muitos passes –, colocando Felipe Recife para conter a pressão bicolor. Instantes depois, Fábio Matos atingiu Elielton por trás e levou o cartão vermelho, deixando o PSC ainda mais vulnerável, pois Walter só participava das ações ofensivas.

Como não havia vida inteligente na meia-cancha, Walter conseguiu até fazer duas boas jogadas, com passes curtos para os laterais que avançavam, mas ficou nisso, até porque o Remo apertou a marcação e não permitiu maior liberdade ao atacante.

Dado trocou Mike por Magno e este teve uma oportunidade na área remista, mas Mimica rechaçou o chute. Isac, lançado por Rodriguinho (que substituiu a Adenilson), perdeu grande chance aos 32’, chutando em cima do goleiro Marcão. Foi o último lance do centroavante, expulso em seguida, e também a última jogada de emoção no clássico.

No fim das contas, um jogo disputado com a raça habitual pelos dois times, mas vencido pelo que se mostrou mais atento à oportunidade. Em lance que é uma especialidade do Remo, Felipe Marques matou o jogo e o time foi competente para administrar a vantagem sem grandes sobressaltos.

As perdas que a violência impõe ao futebol

Foi de praticamente 30% o tamanho da perda financeira da dupla Re-Pa no clássico de ontem. A previsão inicial de 30 mil pagantes, que prevalecia até a sexta-feira, caiu drasticamente depois do episódio da execução de um chefe da torcida no centro da cidade.

A bilheteria final do jogo demonstra que pelo menos um terço do público que estava disposto a ir ao Mangueirão preferiu não arriscar. Os números escancaram essa realidade.

A diferença de público entre os dois clássicos foi de 10.846 pagantes - 20.277 no embate de ontem e 31.123 no de 28 de janeiro. Em dinheiro, o primeiro Re-Pa arrecadou R$ 1.057.570,00 e o segundo teve renda R$ 627.970.000,00 no segundo, R$ 430 mil a menos.

Ante a possibilidade de tumultos envolvendo as violentas gangues uniformizadas – que a Polícia insiste em tratar como grupos de torcedores normais –, prevaleceu o senso de sobrevivência. Ocorrências sangrentas seguem a ameaçar de morte o futebol paraense e as finanças dos clubes.

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