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GERSON NOGUEIRA

Leão fraqueja e decepciona. Papão estreia na Copa do Brasil

O torcedor que viu o Remo jogar com intensidade, desprendimento e raça contra o Papão, domingo, deve ter tomado um choque ao ver a exibição de ontem à noite contra o Manaus na Arena da Amazônia. O primeiro tempo foi de desorganização e apatia, sem a energ

O torcedor que viu o Remo jogar com intensidade, desprendimento e raça contra o Papão, domingo, deve ter tomado um choque ao ver a exibição de ontem à noite contra o Manaus na Arena da Amazônia. O primeiro tempo foi de desorganização e apatia, sem a energia necessária para conter a equipe anfitriã. A etapa final teve mais correria, mas a confusão tática permaneceu, justificando plenamente a derrota por 2 a 0.

Ao contrário do Remo, o Manaus buscou sempre o gol e aproveitou com sabedoria as muitas vulnerabilidades do setor defensivo paraense. Logo de cara, ao perceber as dificuldades dos volantes em sair tocando, o time manauara adiantou a marcação até a intermediária sufocando a saída remista para o ataque. Erros se repetiam e o time da casa ia ganhando espaço e confiança.

O primeiro gol até custou a sair, pelo volume de pressão que o Manaus impôs desde o começo. Aos 39’, Hamilton driblou o volante Geandro e a dupla de zaga Mimica e Bruno Maia, este inteiramente vendido no lance. Com estilo, tocou rasteiro no canto esquerdo de Vinícius. Parecia lance de treino coletivo, tamanha a facilidade com que a jogada se concretizou.

Antes de abrir o placar, o Manaus botou uma bola na trave em chute de longa distância disparado pelo veterano Panda. Aliás, o time baré é quase todo formado por jogadores rodados. Rossini, Zada, Juninho e Nena também se saíram bem, levando desassossego à atordoada defesa do Remo.

Em vários momentos, o time armado por Ney da Matta parecia repetir a atuação desastrosa na derrota contra o Independente, em Tucuruí. As jogadas não fluíam, mesmo com a insistência de alguns (Levy, Felipe Marques). O melhor momento, no aspecto coletivo, foi o cruzamento de Levy aos 17’ do primeiro tempo. A bola alcançou Isac, que cabeceou mal e perdeu a chance de abrir o placar.

Depois disso, o Remo foi inteiramente dominado e acabou levando o gol em outra jogada típica de treinamento, no começo do 2º tempo. Uma tabelinha entre Nena e Rossini, que finalizou no canto direito de Vinícius. Um golaço.

Para tentar mudar as coisas, Da Matta colocou Jefferson e Felipe Recife, tirando Adenilson – que nem foi notado em campo – e Leandro Brasília. Não foi suficiente para recompor a segurança defensiva e nem aquecer as ações de ataque. Trocou Fernandes por Jayme, mas os erros permaneceram, embora o time tenha se lançado mais à frente, tentando reagir.

A derrota, desenhada desde o primeiro tempo, se confirmou em meio a um festival de catimba dos amazonenses – goleiro caiu pelo menos três vezes, gastando quase 8 minutos –, mas nada que sirva de desculpa razoável para a sofrível performance na Arena da Amazônia.

No jogo de volta, dia 21 de fevereiro, o Remo terá que novamente operar o milagre da transformação, pois precisa de três gols de diferença para não ser eliminado precocemente da Copa Verde.

O técnico leu o jogo com senso de realidade, admitindo a superioridade do Manaus. Problemática é a visão de alguns jogadores, como Bruno Maia, um dos piores do time, segundo o qual o gramado estava muito ralo. Desculpa ruim, pois a Arena da Amazônia tem um dos melhores campos do país.

Marquinhos e o desafio da classificação na Copa BR

Nem bem se recompôs da derrota no clássico contra o Remo, o Papão já tem pela frente um novo e complicado desafio. Terá que superar (com vitória ou empate) o Novo Hamburgo, campeão gaúcho de 2017, dentro de seusdomínios. A missão é válida pela primeira fase da Copa do Brasil, que desde o ano passado tem novo formato.

A atual fase do Novo Hamburgo, sem vitórias e mal posicionado no Gauchão, não pode ser motivo de muito entusiasmo, pois a Copa do Brasil é uma competição diferente, que impõe uma decisão logo no primeiro cruzamento. No estilo sulista de jogar, explorando a força física e o jogo aéreo, o adversário é um time difícil de ser batido em casa.

Marquinhos Santos deve ter em mente que a batalha de hoje é mais difícil que a de domingo porque há o risco da eliminação a pairar sobre a cabeça de todos.

O time não deve ter muitas mudanças em relação ao que jogou o Re-Pa, mas precisará ter resistência e capacidade de explorar bem o contra-ataque, utilizando a velocidade dos atacantes Cassiano e Moisés. Pedro Carmona será o organizador, com a responsabilidade de municiar as ações ofensivas. A dúvida é se consegue jogar os dois tempos.

Outra preocupação é no setor defensivo, onde Diego Ivo (lesionado) será substituído por Derlan. Diego é hoje um dos mais importantes jogadores do elenco, pela liderança, forte presença nas bolas paradas e excelente fase técnica. Vai fazer falta.

Independente cai na armadilha do Sampaio

Contra um adversário era reconhecidamente superior, o Independente não conseguiu avançar na Copa do Brasil, caindo em casa por 1 a 0, depois de um início até empolgante, com várias tentativas de cerco à área maranhense em jogadas puxadas por Fabrício.

O gol nasceu no final do primeiro tempo, dentro do melhor estilo do Sampaio Corrêa dirigido por Francisco Diá: contra-ataque bem tramado e com execução certeira. Marlon foi o autor. Na etapa final, o Galo foi à frente, mas prevaleceu o bom posicionamento defensivo do Sampaio.

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