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GERSON NOGUEIRA

Leão atrasa calendário antes do ano começar

A paixão tão necessária  O brasileiro é, acima de tudo, um passional desvairado quando o assunto é futebol. Aliás, o velho Nelson Rodrigues, que conhecia a alma nacional como poucos, pregava que sem paixão não dá nem para chupar picolé. Pois o que mais f

A paixão tão necessária

O brasileiro é, acima de tudo, um passional desvairado quando o assunto é futebol. Aliás, o velho Nelson Rodrigues, que conhecia a alma nacional como poucos, pregava que sem paixão não dá nem para chupar picolé. Pois o que mais faltou ao time do Brasil contra o Chile, anteontem, na rodada final das Eliminatórias, foi paixão. Por sorte, em alguns poucos minutos de inspiração, o time salvou a noite e garantiu a vitória.

É sempre preocupante quando há descompasso entre a atitude dos jogadores em campo e o fervor apaixonado da torcida. Na terça à noite foi possível ver isso em vários instantes. O quadro é mais aflitivo ainda quando se está a sete meses da Copa do Mundo.

O jogo terminou com um placar irrepreensível (3 a 0). O cidadão de bem há de pensar que exageramos nas expectativas. Nem tanto assim. Os primeiros 45 minutos foram terríveis de assistir, com raras jogadas trabalhadas e apenas um lance de real perigo, com Neymar entrando na área e chutando para a defesa parcial do goleiro Bravo.

Era visível o desligamento dos jogadores, que pareciam entediados e loucos para que o jogo acabasse. O Chile, pressionado pela obrigação de não perder, ficava no meio-termo entre ir à frente e guarnecer a defesa, e se perdia em erros na saída de bola.

Nem isso despertava o instinto predador da Seleção. Neymar, Gabriel Jesus e Phillipe Coutinho jogavam burocraticamente, trocando passes e forçando dribles impossíveis. Foi nesse clima de quermesse que os times desceram para os vestiários.

Logo aos 9 minutos da etapa final, veio o gol que salvou o jogo e dignificou o encerramento da campanha brasileira. Daniel Alves mandou um tiro longo e Bravo bateu roupa. Paulinho aproveitou o rebote, abrindo o placar. Dois minutos depois, com a zaga chilena ainda zonza, Coutinho lançou Neymar, que tocou para Gabriel ampliar.

A partir daí, as coisas ganharam outra feição. O Brasil desleixado do 1º tempo passou a correr mais e o placar foi ampliado nos minutos finais em contra-ataque fulminante iniciado por um lançamento de Willian, de 40 metros, que encontrou Gabriel livre para entrar com bola e tudo.

Com a vitória, o ufanismo brotou e houve até quem apressadamente avaliasse como perfeito o desempenho da Seleção. O placar, sim, foi irrepreensível, mas a atuação foi apenas razoável.

Acontece que ao torcedor brasileiro não basta vencer, é preciso vencer com esmero. É lícito esperar excelência de um time que terá na Copa a missão de reabilitar e lavar a honra do futebol pentacampeão do mundo.

A campanha foi maravilhosa desde que Tite assumiu: 10 triunfos e dois empates. O receio vem do fato de que, nas últimas apresentações, a Seleção se comportou perigosamente como nas Copas de 2006 e 2010, vexames que desembocariam na tragédia de 2014.

Que a chama da paixão esteja guardada para os gramados da velha Rússia.

Messi e o milagre da multiplicação

O extremo oposto aconteceu com os rivais. Lionel Messi, habitualmente frio e contido, comandou a apresentação argentina contra o Equador. Lembrou até o Romário decisivo de 1993 no triunfo final que colocou o Brasil na Copa dos Estados Unidos.

A zaga vacilou logo de cara, permitindo o gol equatoriano. Ficou no ar a impressão de que se desenhava um roteiro de tango lacrimoso, com a possível eliminação do time de Sampaoli. Ledo engano.

Messi emergiu como grande regente, papel que ainda não havia assumido na competição. Aos craques cabe a responsabilidade maior na hora do aperreio. Consciente de sua importância, o camisa 10 se multiplicou em campo e fez os gols que conduziram a Argentina à classificação.

Calou seus críticos e comemorou com a paixão desenfreada que caracteriza a torcida argentina. Enfim, um Messi humanizado, poucas vezes visto a extravazar com a camisa de sua seleção. Sinal de que vai à Rússia com ânimo redobrado em busca do único troféu que não tem.

Leão adia decisão e atrasa agenda do futebol

O Remo brinca perigosamente com o próprio futuro. Às voltas com as discussões sobre a gestão de Manoel Ribeiro, o clube está perdendo um tempo precioso no futebol profissional. Há necessidade de sanear débitos e urgência em montar um novo time para 2018.

A temporada vai começar mais cedo com a mudança de datas no calendário nacional. O certame estadual, primeira competição do ano, começa a 17 de janeiro, obrigando os clubes a se organizarem a partir de novembro. Essa necessidade é ainda maior para o Remo, que sofreu um desmanche de elenco ao final da Série C.

Sem técnico definido e com poucas sinalizações quanto a jogadores, o futebol fica à mercê das decisões políticas. O Condel reuniu na terça-feira e tomou a pior das medidas: empurrou com a barriga a decisão sobre as contas da gestão atual.

Ao adiar uma definição, o Conselho contribui para atrapalhar ainda mais a agenda do futebol, que é o principal departamento do clube, inclusive no aspecto financeiro.

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