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GERSON NOGUEIRA

A pissica da camisa 9

O Brasileiro da Série B vem se constituindo num desafio e tanto para os centroavantes do Papão. Nos últimos anos, ninguém chegou nem perto da marca de Robgol, vice-artilheiro nacional em 2005 com 21 gols na Série A, sustentando uma disputa particular com

O Brasileiro da Série B vem se constituindo num desafio e tanto para os centroavantes do Papão. Nos últimos anos, ninguém chegou nem perto da marca de Robgol, vice-artilheiro nacional em 2005 com 21 gols na Série A, sustentando uma disputa particular com ninguém menos que Romário, que só o ultrapassou na rodada final graças a dois penais esquisitos.

Depois de Robgol já passaram pelo Papão muitos centroavantes com passagem por grandes clubes e currículo de goleadores, como Alexandro, Betinho e Souza. Todos fracassaram inapelavelmente, sem conseguir se estabelecer com a 9 alviceleste (ou outro número qualquer usado pelo comandante de ataque) e deixando a torcida carente de um artilheiro de verdade.

Nesta temporada, o Papão já teve vários candidatos a homem-gol. Leandro Cearense, Alfredo, Marcão, Daniel Amorim. Todos foram superados por Bergson, principal artilheiro do clube, mesmo quase sempre jogando fora da área. Por rendimento insatisfatório, Cearense e Alfredo já foram liberados.

Marcão, o titular do momento, vai pintando como a mais nova vítima da persistente pissica que atormenta os ocupantes da posição. Não conseguiu marcar nenhum gol, apesar de ser o titular absoluto desde a abertura da Série B.

Tem até se esforçado, recuando para buscar jogo, apesar de suas características de atuar como homem de referência na área. Nos outros clubes que defendeu, Marcão teve bom rendimento, principalmente explorando o jogo aéreo. No Papão de Marcelo Chamusca, ninguém até agora se lembrou de cruzar bolas na direção do centroavante.

Quero dizer que não há nenhuma jogada específica para que o atacante possa mostrar seu principal recurso, que é o cabeceio. Cansado de esperar Godot, Marcão andou ensaiando jogar em posição mais recuada e até investindo pelos lados. Fez isso – e muito bem – contra o América-MG, em Belo Horizonte, dando assistência preciosa para Leandro Carvalho marcar o 2º gol da vitória do Papão naquele jogo.

Muito elogiado por sua atuação em BH, atuou bem contra o Internacional, no Mangueirão, ficando bem perto de balançar as redes em duas ocasiões. Contribuiu bastante, mesmo como coadjuvante, para a boa campanha inicial no Brasileiro. O problema é que centroavante existe para mandar a bola para as redes.

Com a súbita queda da equipe, sofrendo três derrotas seguidas e despencando na tabela, as críticas se direcionam também ao homem encarregado dos gols. Como é comum no futebol, observa-se apenas a consequência, desprezando-se a análise da causa do problema.

O fato é que, levando em conta o sistema de jogo do Papão, é bom que a torcida se acostume com o fato de que dificilmente Marcão, Daniel Amorim ou qualquer outro poderá atender à função básica do centroavante.

O Remo e suas particularidades

Comentário de um grande azulino, que já trabalhou em várias gestões do Remo, depois das mais recentes notícias vindas do Evandro Almeida:

“O Remo está salvo, pois dois grandes reforços foram anunciados, Danilo Caçador e Roni. Rodrigo, formado na base e autor do gol na final do campeonato, vai ser dispensado. Boa política de ‘renovação e saneamento’ do plantel. Parabéns, Diretoria! Ah, parece que o Potita vai voltar também. Aliás, por que não reintegrar também o Josué¿”.

À noite, na festa de lançamento da nova linha de uniformes, um dirigente acabou levando sonora vaia ao declarar que era melhor esquecer o passado e pensar em coisas boas, dando como exemplo a campanha no campeonato estadual: “Nós fomos vice-campeões do Parazão, o que é muito difícil...”.

Depois da topada verbal do dirigente, a festa viveu seu grande momento com a entrada em cena do Rei Artur, último grande ídolo da torcida, aplaudido de pé ao desfilar com a nova camisa oficial. Junto com ele na passarela, uma surpresa: o argentino Nano Krieger, centroavante que foi promovido de dispensável (via WhatsApp) a modelo no evento de lançamento do uniforme para a temporada.

Definitivamente, o Remo é um caso a ser estudado. Seus dirigentes parecem sofrer de uma crônica dificuldade em entender a lógica das coisas.

(Gerson Nogueira)

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