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GERSON NOGUEIRA

Brigam pelo quê?

“Sinceramente, quando me falam em futebol paraense, tenho vontade de pegar em armas. Ao longo dos anos, quanto mais cresce a irresponsabilidade dos dirigentes, suas briguinhas paroquiais, as imensas dívidas e sua incompetência, cresce ainda mais a paixão

“Sinceramente, quando me falam em futebol paraense, tenho vontade de pegar em armas. Ao longo dos anos, quanto mais cresce a irresponsabilidade dos dirigentes, suas briguinhas paroquiais, as imensas dívidas e sua incompetência, cresce ainda mais a paixão dos torcedores. Somos uma das praças de melhor arrecadação no país. Isso sem um estádio bem tratado, com gramado horrível, sem falar nos lamacentos campos do interior. Vem aí mais um campeonato estadual. Em um Pará que tem o tamanho de país, não conseguimos perceber o alcance do negócio, que fortaleceria economia dos municípios e dos clubes. O governo patrocina sem receber nada em contrapartida.

Ao invés de permitir televisionamento inclusive para a capital, deveria cuidar dos campos do interior, dos clubes, da arrecadação de impostos e empregos diretos e indiretos. Acaba o campeonato e o que acontece com atletas que não são dos times maiores? Nada. Desemprego. Onde está a federação? Tranquila, auferindo o percentual das rendas de intermináveis Re-Pas? E quanto aos dois? Eles amam ou odeiam os clubes que brigam tanto para presidir?

O Remo nem tem estádio mais. Um clube na Terceira Divisão e a pesquisa mostra que é uma das maiores torcidas. Nas ruas, mesmo sem jogar, passam pessoas usando uniformes. Nós que odiamos tanto a quem amamos. O Paysandu vive breve bonança, tem idéias boas e conseguiu manter-se na Segunda Divisão o que ainda é muito pouco para sua grandeza.

E o negócio futebol? É o Empresário Futebol Clube. Setenta, cem atletas que rodam o país, passando três meses em um e seguindo para outra cidade onde chegam como salvadores. São perdedores. O atacante do Remo é argentino. E daí? Se não foi contratado para a Série A, nem Série B, deve ser bom jogador? Jogadores sem alma, profissionais cabisbaixos. Onde estão as divisões de base, resultando em bons negócios? Os clubes do interior, cheios de enjeitados, não revelam mais ninguém para os grandes.

E brigam. Brigam pelo quê?”.

O texto acima é de mestre Edyr Augusto Proença, maior escritor paraense vivo, autor de “Pssica”, “Os Éguas” e outras obras, que também veio dar sua generosa colaboração ao informal debate sobre o futebol do Pará instaurado aqui na coluna.

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