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GERSON NOGUEIRA

Um novo recomeço

No começo da carreira, Diego despontou como um dos mais promissores meia-armadores do futebol brasileiro. Ao lado de Robinho, pontificava naquele jovem Santos do começo da década de 2000. O sucesso era compreensível. O camisa 10 mostrava a técnica refinad

No começo da carreira, Diego despontou como um dos mais promissores meia-armadores do futebol brasileiro. Ao lado de Robinho, pontificava naquele jovem Santos do começo da década de 2000. O sucesso era compreensível. O camisa 10 mostrava a técnica refinada dos grandes estilistas do meio-campo e uma visão de jogo surpreendente, realizando lançamentos longos com alto índice de acertos. Além disso, fazia muitos gols também.

Por todos esses atributos, passou a ser venerado pela torcida peixeira e se credenciou (junto com Robinho) a jogar na Europa. Tomou o rumo da Alemanha, depois passou pela Itália e Espanha.

Ao contrário do atacante, Diego não teve grandes oportunidades na Seleção Brasileira, o que explica a dificuldade para ganhar lugar num dos grandes europeus.

O futebol brasileiro já sofria com a carência de meias, apesar da presença forte de craques como Alex, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ricardinho. Todos extremamente habilidosos, mas de características diferentes quanto à criação de jogadas.

Diego era comparável a qualquer um deles, mas era muito jovem ainda e os técnicos brasileiros costumam ser parcimoniosos nesses momentos. Depois, ele perdeu gradativamente espaço e oportunidades no escrete por conta de atitudes extracampo avaliadas como inadequadas.

Custa a crer que alguém que jogava um futebol refinado como Diego pudesse ter seu caminho travado devido a pecadilhos adolescentes. Fato ou especulação, ele foi ficando para trás na Seleção e não se consolidou nos clubes que defendeu após deixar a Vila Belmiro.

Vi há dois anos alguns jogos de Diego pelo Wolfsburg no Campeonato Alemão. Continuava um camisa 10 impecável, com todos os atributos que fizeram sua fama nos primeiros anos. Driblava fácil, dominava a bola com maestria, distribuía o jogo e disparava alguns arremates certeiros de média e longa distância.

Fiquei espantado ao ver que Felipão por aqueles dias lamentava não ter um craque para vestir o figurino de maestro da Seleção na Copa de 2014. Como alternativa, falava-se até em Ronaldinho Gaúcho, já visivelmente fora de forma, mas ninguém citava Diego.

Pois agora o meia que parecia talhado para conquistar o mundo desembarca no Flamengo depois de pálida jornada na Turquia.

Chega cercado pela desconfiança natural que ronda todo boleiro repatriado. Tem o respeito dos que gostam de futebol bem jogado, mas não consegue aplacar as dúvidas de quem acompanha sua trajetória oscilante lá fora.

Por tudo que podia ter sido e ainda pode vir a ser, Diego merece o benefício da dúvida. Caso recupere seu futebol elegante e vistoso, todos lucram – não apenas o Flamengo.

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