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GERSON NOGUEIRA

Sob a marca do declínio

O Brasil está de novo fora da decisão da Taça Libertadores. O São Paulo, time nacional de maior tradição vitoriosa na competição nos últimos anos, foi eliminado após duas derrotas para o Atlético Nacional, da Colômbia. Faz algum tempo já que o país pentac

O Brasil está de novo fora da decisão da Taça Libertadores. O São Paulo, time nacional de maior tradição vitoriosa na competição nos últimos anos, foi eliminado após duas derrotas para o Atlético Nacional, da Colômbia. Faz algum tempo já que o país pentacampeão do mundo se mostra incapaz de brilhar em torneios sul-americanos, seja de clubes ou de seleções.

A Libertadores, que nos últimos 20 anos teve forte participação brasileira e sempre serviu de balizamento sobre o futebol no continente, está cada vez mais fora do alcance de nossos principais clubes. Mesmo reclamando (com certa razão) da atrapalhada atuação do árbitro chileno anteontem à noite, o São Paulo saiu de cena golpeado pelo ousado Atlético.

Na verdade, o São Paulo foi eliminado ainda no jogo de ida, disputado no Morumbi, diante de sua torcida. Ali, ainda com Ganso em campo, os colombianos fizeram 2 a 0 e surpreenderam pelo bom futebol, a facilidade na troca de passes e uma habilidade que um dia foi exclusividade nossa.
A trajetória dos clubes nacionais no principal torneio do continente é um item significativo a se somar ao conjunto de evidências da derrocada do futebol brasileiro desde os idos de 2006.

O fracasso do São Paulo conduz forçosamente a uma análise mais rigorosa destes 10 penosos anos de resultados insatisfatórios, nenhum destaque nas Copas do Mundo (incluindo a de 2014) e fraquíssima safra de revelação de jogadores.

Ao contrário do que acontece com os concorrentes mais tradicionais – Argentina, Alemanha, Espanha, França, Itália –, o Brasil estagnou. E o principal sinal está na pobreza técnica, resumida no surgimento de apenas um craque durante a década.

Outros até ensaiaram se consolidar, mas se perderam pelo caminho. O fato é que, com exceção de Neymar, não há outro boleiro capaz de ser escalado e fazer a diferença com a camisa da Seleção.

O torneio olímpico que se aproxima é um bom momento para avaliar, de verdade, o estágio atual da produção nacional de jogadores. Raras têm sido as revelações que engrenam e se tornam realidade nos clubes. Um dos últimos sopros de talento, o meia-atacante Gabriel Jesus, do Palmeiras, vive de lampejos. Lucas Lima, do Santos, segue na mesma direção.

É verdade que surgem de vez em quando alguns atletas valorosos, levados diretamente para a Europa pelos pais (como os filhos do Mazinho na Espanha) ou por empresários, como Éder e Pelé, da jovem seleção da Itália. São exceções que apenas confirmam a regra.

Quanto aos novos, a dificuldade aumenta em função dos altos e baixos. A oscilação, que seria plenamente aceitável, por se tratar de jovens atletas, torna-se preocupante porque são esses jogadores ainda imberbes que carregam a imensa responsabilidade de representar o Brasil nas principais competições. E tudo fica mais difícil ainda porque não existem mais veteranos de peso para blindar os meninos.

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