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GERSON NOGUEIRA

O futebol no reino da ficção

Dona CBF mudou de tática. Apedrejada quase diariamente por erros novos e antigos, parece ter cansado de ser saco de pancada e agora tenta virar o jogo. Através de sua assessoria de comunicação, a entidade vem reagindo diariamente, com informações sobre os

Dona CBF mudou de tática. Apedrejada quase diariamente por erros novos e antigos, parece ter cansado de ser saco de pancada e agora tenta virar o jogo. Através de sua assessoria de comunicação, a entidade vem reagindo diariamente, com informações sobre os campeonatos que promove.

O press-release enviado ontem reclama logo no primeiro parágrafo das críticas ao Brasileiro da Série A e à Seleção Brasileira “por alguns oportunistas”. Segundo a matéria, é preciso ser menos simplório, ou primário, para atribuir alguma seriedade ao debate. “Caso contrário, estes críticos de plantão vão continuar no mesmo lugar de sempre, ou seja, críticos de plantão”.

Em seguida, faz jorrar uma enxurrada de números para dar sustentação aos argumentos sobre o trabalho desenvolvido pela CBF. Informa que aumentaram os investimentos em todas as categorias do futebol. Em 2010, a entidade organizava seis campeonatos. Em 2015, serão 13 competições: sete profissionais, dois de futebol feminino e quatro da categoria de base. O número de torneios aumentou 117% em cinco anos.

Mais à frente, nova estocada nos detratores. “Enquanto alguns personagens perdem tempo com críticas infundadas, a CBF está preocupada em viabilizar os Campeonatos Brasileiros das séries A, B, C e D, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Copa Verde, Copa do Brasil de Futebol Feminino, Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, Campeonato Brasileiro Sub-20, Copa do Brasil Sub-20, Copa do Brasil Sub-17 e Copa do Nordeste Sub-20”.

Enquanto se dedica a torpedear os inimigos, a entidade esquece de explicar porque não destina a competições menos badaladas os mesmos cuidados com que trata a rica Série A.

Pelo contrário, se arvora a grande baluarte do futebol brasileiro, apostando certamente na ignorância e na desinformação. “A maioria dos campeonatos dessa lista e inúmeros estaduais são deficitários e só existem graças a subsídios da CBF. Em 2014, o valor investido chegou a quase R$ 100 milhões”, informa.

Ora, se há tanto sacrifício e as despesas são tão volumosas cabe perguntar o motivo de tanto apego ao controle do futebol brasileiro. A entidade já podia ter deixado isso de lado, concentrando-se exclusivamente em cuidar da Seleção Brasileira, mas insiste em tomar conta de tudo.

É claro que a realidade é bem diferente para quem enfeixa tantos poderes, concentrando polpudos patrocínios, com força suficiente para ditar ordens, satisfazer egos e fortalecer sua base de apoio – as federações estaduais.

O texto chega a ser risível em alguns trechos. “A prioridade da CBF neste momento não é apenas o desempenho financeiro, mas, sim, imprimir uma gestão moderna, transparente e social. Com este espírito, a CBF tem aumentado expressivamente o investimento em mais e melhores competições e, em última instância, estimulando o fomento do futebol como um todo”. Seria lindo se fosse exatamente assim, mas, nós e o pessoal que acompanha o Círio, sabemos que dona CBF não dá ponto sem nó.

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