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GERSON NOGUEIRA

Nova trapalhada do STJD

Vandick Lima, presidente do Papão, afirmou que nunca mais vai assumir cargo no futebol profissional. O futuro presidente, Alberto Maia, foi na mesma direção, mostrando-se indignado com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que por m

Vandick Lima, presidente do Papão, afirmou que nunca mais vai assumir cargo no futebol profissional. O futuro presidente, Alberto Maia, foi na mesma direção, mostrando-se indignado com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que por maioria de votos deu ao Brasília o título da Copa Verde.

Imagino que os dois dirigentes já estivessem esperando um resultado adverso, tal a demora do tribunal em deliberar sobre assunto tão polêmico. A decisão chegou com sete meses de atraso em meio, agravando a crise de credibilidade que domina a Justiça Desportiva no Brasil. Ficou evidente a influência política no caso.

Criado para mediar conflitos, o STJD tornou-se um grande equívoco. Ao invés de promover justiça, provoca confusão. Pessoalmente, tenho resistência a decisões de juízes que alteram resultados de campo, mas se existem normas jurídicas a regular o futebol entendo que devem ser respeitadas.

No ano passado, o tribunal ficou no olho do furacão ao punir a Portuguesa, que escalou um jogador irregular (suspenso disciplinarmente). O clube alegou não ter sido comunicado sobre a situação do atleta, mas o STJD se manteve inflexível. A decisão provocou a queda automática da Lusa.

Desta vez, ao contrário, a corte acatou como atenuante em favor do Brasília o fato de a CBF admitir suposta falha técnica no sistema de atualização do BID. Tal erro teria suprimido do boletim os nomes dos quatro atletas do clube candango, justamente às vésperas da partida final da competição contra o Papão.

O absurdo é que, graças a essa informação, a argumentação da defesa foi acatada e o Brasília saiu vencedor da Copa Verde na votação do Pleno do STJD. Em resumo, o critério valeu para o Brasília, mas não para a Portuguesa.

São incontáveis os casos que atestam a balbúrdia reinante no STJD, com efeitos lesivos a vários clubes – principalmente os menos poderosos politicamente –, sem que nenhuma providência seja adotada para corrigir esse despautério. Os europeus resolveram isso com cortes que decidem rapidamente, sem direito a contestações ou batalhas judiciais.

No circo brazuca há sempre espaço para arranjos. Ontem, o Corinthians contou com a extrema boa vontade dos juízes quanto ao caso do jogador Petros, cuja regularização era questionada. Em caso de punição, o clube paulista perderia quatro pontos, perdendo a vaga à Copa Libertadores.

Nenhuma novidade. Em querelas envolvendo os chamados grandes, o tribunal costuma ser muito compreensivo. O rigor tribunalesco só é particularmente impiedoso contra clubes sem força política e representados por federações inexpressivas e omissas.

Vítima das posições atrabiliárias do tribunal, ao Papão resta seguir lutando em campo para alcançar conquistas e títulos. E, é claro, rezar para não depender jamais da capacidade de discernimento dos auditores do STJD.

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