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ELA ESCONDIA NA CPU

Carcereira que ‘batia carteira’ em delegacia é demitida

Alessandra Salete Camargo, 48 anos, era policial civil e atuava como carcereira e elaborada os Boletins de Ocorrência da delegacia de Piracicaba (SP). Enquanto ela pedia para as pessoas irem pegar as impressões, ela furtava os depoentes

Imagem ilustrativa da notícia Carcereira que ‘batia carteira’ em delegacia é demitida camera A policial, que respondeu por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, foi condenada à perda do cargo público em outubro de 2022 | Reprodução

Uma policial civil, carcereira, responsável pelos Boletins de Ocorrência de uma delegacia do interior de São Paulo, foi exonerada de sua função pelo governador Tarcísio de Freitas. A policial já havia sido julgada pelo ato em 2022 e agora ela perde a função permanentemente.

O governador do estado de São Paulo demitiu a policial civil Alessandra Salete Camargo, 48 anos, condenada por “bater carteiras” dentro da delegacia em Piracicaba, no interior paulista, onde atuou como carcereira.

A policial, que respondeu por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, foi condenada à perda do cargo público em outubro de 2022. A demissão foi publicada na quarta-feira (27), no Diário Oficial de São Paulo, após a sentença transitar em julgado.

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Segundo a decisão judicial, Alessandra “exercia a função de carcereira policial” e era responsável por elaborar boletins de ocorrência na Unidade de Polícia Judiciária Agrupada de Piracicaba (UPJA), localizada na Rua José Pinto de Almeida, no centro da cidade.

Na sentença, o juiz Mauricio Habice, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Piracicaba, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), descreve que a carcereira agia assim: “Enquanto lavrava os boletins de ocorrência, [Alessandra] aproveitava-se do cidadão que lá estava, solicitando que ele fosse até outra sala, deixando os seus pertences pessoais sobre uma mesa”.

Alessandra “exercia a função de carcereira policial” e era responsável por elaborar boletins de ocorrência na Unidade de Polícia Judiciária Agrupada de Piracicaba
📷 Alessandra “exercia a função de carcereira policial” e era responsável por elaborar boletins de ocorrência na Unidade de Polícia Judiciária Agrupada de Piracicaba |Reprodução

“Durante a ausência da vítima, a requerida subtraía os valores de sua carteira e os guardava dentro da CPU de seu computador, para que depois tivesse acesso ao dinheiro.”

Carteira

Uma das vítimas da policial relatou que foi à delegacia para registrar um furto de capacete. Após narrar o acontecido, ela saiu para pegar as folhas do boletim de ocorrência, que haviam sido impressas na sala ao lado, a pedido de Alessandra.

A carteira dela ficou na primeira sala, onde a carcereira permaneceu, segundo depoimento da vítima. Ao voltar, a mulher percebeu que haviam sumido R$ 190.

Ela pediu ajuda para um delegado da unidade, que acionou a Corregedoria da Polícia Civil. Durante buscas, investigadores encontraram dinheiro, em espécie, escondido dentro do gabinete do computador usado pela carcereira. Ela não soube explicar a origem das notas.

Para aprofundar a investigação, os agentes da Corregedoria da Polícia Civil levantaram o nome de todas as pessoas que tiveram depoimentos colhidos por Alessandra entre os dias 10 e 11 de julho de 2017, época do episódio. Outras duas vítimas foram encontradas: uma mulher, que teve R$ 250 roubados, além de um homem que perdeu R$ 100.

Condenação

Na investigação, a policial negou que tenha furtado o dinheiro das carteiras e confirmou que, de fato, costumava pedir para que as pessoas fossem buscar o boletim de ocorrência em outra sala. Já durante julgamento, ela optou por ficar em silêncio.

Em abril de 2022, Alessandra acabou condenada, por crime de peculato, a 2 anos e 4 meses de reclusão, mas pôde responder em liberdade e não foi levada para a cadeia.

Já na sentença por improbidade administrativa, proferida quatro meses depois, o juiz determinou o ressarcimento das vítimas e decretou que a carcereira pagasse multa de R$ 7,1 mil. A policial também perdeu os direitos políticos por 8 anos e foi proibida de ser contratada pelo poder público.

Ela já estava afastada do cargo ao ter a demissão decretada por Tarcísio.

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