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SAÚDE

Mayaro: vírus amazônico chega a outras regiões do País

Um estudo divulgado em maio pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmou que o vírus mayaro chegou ao território carioca e, em 2015, infectou pelo menos três moradores da cidade de Niterói. O detalhe é que os pacientes nunca estiveram na r

Imagem ilustrativa da notícia Mayaro: vírus amazônico chega a outras regiões do País

Um estudo divulgado em maio pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmou que o vírus mayaro chegou ao território carioca e, em 2015, infectou pelo menos três moradores da cidade de Niterói. O detalhe é que os pacientes nunca estiveram na região amazônica – área onde o vírus existia, até então, somente.

Para os cientistas a pesquisa confirmou que o vírus, comum em áreas silvestres (de matas e florestas), já se adaptou ao ambiente urbano. Os sintomas da febre de mayaro é bem semelhante ao da febre chikungunya, devido ao vírus das duas doenças serem considerados praticamente da mesma família.

No Pará - embora um surto da febre de mayaro tenha sido registrado, em 2008, na área rural de Santa Bárbara do Pará, na Região Metropolitana de Belém – não há motivos para que a população entre em pânico por causa da doença. Mas é necessário que a pessoas fiquem vigilantes em relação aos cuidados que devem tomar para evitar a doença, transmitida por mosquitos – principalmente pelo da espécie Haemagogus janthinomys (pronuncia-se “hemagogos”).

Ainda não existe nenhuma vacina contra a doença e a terapia (tratamento) é feita a partir de medicamentos que vão agir diretamente nos sintomas, que são febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, inchaço nas articulações e o comprometimento das articulações. Os medicamentos devem ser prescritos por médicos porque há algumas restrições quanto ao uso de anti-inflamatórios.

REGISTRO

De acordo com o Ministério da Saúde, entre dezembro de 2014 a janeiro de 2016, o Pará registrou pelo menos um caso de febre de mayaro. A pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (IEC), Socorro Azevedo, ressaltou que vírus de mayaro vem sendo estudado desde a década de 1950 quando foi identificado nas Américas.

O primeiro surto da doença, digamos assim, foi registrado em Trindad e Tobago, ilhas na Região do Caribe. “Há estudos que indicam que em Belterra (oeste do Pará) também tenha sido registrado um caso semelhante de epidemia da doença, semelhante à da febre chikungunya”, disse.

O IEC é referência na pesquisa sobre arboviroses. “A instituição já vem estudando há décadas o comportamento desse vírus. Em 2008, em Santa Bárbara, o IEC acompanhou o caso de um grupo de estudantes de Engenharia Florestal que visitou uma comunidade de assentamento e todos eles pegaram a doença”, reforçou Socorro. “O vírus se mantém num local de ambiente silvestre e esporadicamente e temos um caso de febre de mayaro registrados aqui e em outros Estados do Brasil”, acrescentou Socorro. “Em 2015 tivemos uma epidemia em Goiás e no Tocantins”, frisou.

Os estudos acerca de vírus mostram, segundo a pesquisadora, que ele está ganhando espaço e se dispersando para outras localidades, inclusive urbanas. Nos últimos anos, o Instituto Evandro Chagas estabeleceu como procedimento de praxe que todo caso suspeito de febre chikungunya que chegue ao laboratório para ser confirmado tem que ser feito também exame para constatar se o paciente não está com a febre de mayaro.

Alguns exames têm atestado como positivo.

(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)

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